Este artigo não era pra acontecer, não era para deixar de estudar o livro do Rogério Grecco para escrever algo que ao mesmo tempo que me soa como desnecessário, vem a mente a frase “deve ser feito”.
A cerca de uns messes atrás, ainda no ano passado, eu tinha uma parceria com uma menina muito talentosa chamada Camila Deus Dará, até então ela fazia resenhas em seu canal próprio, que leva o seu nome no YouTube. Acertamos de que eu deveria comprar o livro e ela fizesse as resenhas do canal do Cabana do Leitor, mas um livro em especial estourou a media de visualizações. O Reino das Vozes Que Não Se Calam escrito pela escritora Carolina Munhóz, esposa do escritor Raphael Draccon. Carolina uma vez quase nós deu uma entrevista, se não fosse um fato chato que aconteceu no shopping, enquanto gravávamos uma entrevista com o Raphael o seu celular foi furtado. Mesmo com o ocorrido que teria deixado qualquer um desesperado Raphael continuou dando a entrevista e permaneceu de forma calma conosco, durante os seis minutos que duraram os questionamentos e perguntas da repórter por um dia, Sara Beck.
Camila Deus Dará recebeu o livro e leu em menos de uma semana, ela não conhecia a escritora e logo pensou que poderia gostar da historia pois e o estilo do livro que ela escreve, fantasia, aventura etc… Ela gravou o vídeo e postou. Ela falou o que achou do livro e foi sincera nos seus pontos, porém alguns fãs da Carolina partiram para a ofensa, xingando e desqualificando a própria em alguns momentos. O site Cabana do Leitor não tem nada contra a Carolina, pelo contrário, a resenha, por mais que tenha sido negativa, não quer dizer que temos algo contra, mas sim que estamos muito felizes de estar lendo sua obra e tentando de alguma forma ajudar para as próximas. Críticas construtivas, não servem para te derrubar, mas para te aperfeiçoar. As pessoas confundem uma boa resenha com uma resenha comprada que muitos sites fazem, Carolina já tem uma carreira solida, escreve para uma das maiores editoras do país e ela só precisa de pessoas que possam ser sinceras com suas obras. J.K. Rowling quando escreveu o Chamado do Cuco esperava críticas sinceras, por isso fez um livro com um pseudônimo diferente e mesmo antes de descobrirem sua autoria ela já havia recebido criticas memoráveis sobre o mesmo, sem saberem que ela era na verdade a escritora por trás do livro. Ela queria ser julgada sem estrelismo e acredito que este seja o desejo de muitos escritores famosos que querem medir o seu talento.
Uma das críticas a crítica do livro foi essa:
“[…] faria uma resenha de verdade, e não passar 13 minutos apenas criticando” “Agora ela atacou a história do livro várias vezes, falando que era fraco, que a história era fraca, que a escrita não estava boa, que faltava emoção. Ou seja, para ela o livro é uma “porcaria”, então, se ela não gostou do livro, por que escolheram logo ELA para fazer esta resenha? Me poupe.” ____________________________________________________________
A resposta veio logo abaixo de um outro comentador:
“Se todo mundo pensasse assim, todas as resenhas seriam positivas. E não é assim que a coisa funciona cara :/ Existem resenhas descritivas e resenhas críticas. E, neste caso, foi uma uma crítica. Lembrando que a palavra “crítica” nem sempre significava algo ruim. Críticas podem ser boas ou ruins. Dessa vez foi ruim! Ela não gostou! Pronto! Alias, ninguém escolhe alguém para fazer uma resenha só para falar bem. E dai se ela só falou coisas ruins sobre o livro?
Eu li, e não gostei de nada. Só por isso eu não poderia fazer uma resenha? (No máximo eu gostei da capa. Serve? hahaha :P)
Poxa, opinião é opinião. E ela não desrespeitou a autora fazendo isso.
Algumas resenhas falam sobre os pontos positivos e negativos. Outras, apenas sobre os positivos ou negativos. Acontece. Você nunca leu um livro em que não gostou de nada? Se não, existem pessoas (como eu) que passam por isso.
OBS: E eu entendi o que o livro quis passar. Continuei não gostando. Eu achei as descrições fracas, diálogos que não curto (por exemplo, quando Sophie usa a palavra “descolado” e “popular”. Ninguém fala assim. Pelo menos nunca ouvi alguém falar essas coisas a sério), personagens que não me interessaram etc, etc… Além do fato de que eu ODIEEEEEI a personagem principal. Achei bem chatinha.
Mas fique tranquilo ai cara. Você gostou, se identificou e aproveitou a leitura, isso que importa. Porém, não foi com todo mundo que isso aconteceu.
Meça suas palavras parça, e não fique tão indignado (ou, como você mesmo disse, “enojado”) por coisas bobas assim. É só uma resenha 😛
Abraços! “
Se todos os comentários fossem como este, no sentido de promover um embate, seria ótimo, mas outros faziam fakes e reproduziam xingamentos sem fundamento direcionados a Camila que só aceitou o meu convite para resenhar um livro, nada mais. Logico que uma critica negativa do seu livro ou da sua obra não é uma coisa que desejamos receber quando um projeto que é desenvolvido de maneira árdua, porém escritores veteranos estão acostumados com a ideia de não agradar todo mundo.
Você pode criticar a crítica. O que não pode é uma guerra de fãs encima de uma pessoa que só leu um livro, até o fato de você questionar é normal, o fato de você partir para a ofensa, xingando e menosprezando uma pessoa que simplesmente deu uma opinião sobre um livro me faz perguntar se este escritor ou no caso em especial a Carolina Munhóz, sabe o que você está fazendo em nome dela. Muitos a relacionam como uma fada, então podemos dizer que somente os verdadeiros fãs podem fazer parte do seu reino, pois no Reino Das Vozes Que Não Se Calam, não exite palavrão e xingamentos, se você está assim, precisa conhecer as obras da Carolina Munhóz pois se você é um fã e ofende pessoas por pensarem e verem uma coisa de uma maneira diferente da sua, não entendeu a mensagem das suas obras. Corre lá, ainda da tempo.