Baywatch é um daqueles filmes que surgem no horizonte dos lançamentos desse mês com um objetivo muito claro: ele quer te divertir, mesmo que isso leve a um pouco de comédia clichê e que precise apelar para piadas esperadas.
Como se era esperado em um filme com Dwayne-The Rock-Johnson e Zac – o cara do HSM – Efron juntos, muito corpo fica à mostra e são feitas muitas referências à serie homônima dos anos 90 que fez muito sucesso e é um dos motivos de os fãs realmente quererem ver este filme, e não, acho que eles não decepcionaram.
O filme começa com Mitch Buchannon (The Rock) mostrando que é um Salva-Vidas respeitado e muito fácil de gostar, pois é o cara confiável que ama o que faz, e seguido de seu time C.J e Stephanie, mantém a praia muito bem organizada, até que uma droga chamada Flakka começa a preocupar. Isso unido às audições para novos recrutas da guarda de Salva-Vidas dá o tom do filme, e Matt Brody (Zac) aparece como um ex-nadador estrela que vem para melhorar a imagem da praia, ele é um daqueles personagens que o espectador leva um tempo para gostar por conta de sua atitude meio arrogante, mas durante o filme o personagem se solta, e até vemos o lado humano quando ele conta a Summer (Alexandra Dadario) sua história, que apesar de não conter muitos detalhes te fazem entender suas atitudes. E por fim, Ronnie (Jon Bass) é outro que você ama logo de cara, o nerd apaixonado por C.J (Kelly Rohrbach), e que – graças a deus – não faz o típico “gosto dela, mas ela não me dá bola porque não sou sarado”, C.J vê Ronnie por baixo de toda aquela falta de tato.
Claro que Mitch não gosta nem um pouco da postura metida de Brody, o que particularmente vira uma diversão à parte no filme, com o salva-vidas inventando inúmeros apelidos engraçados para o nadador (o que inclusive deve ter gerado várias risadas e erros de gravações durante as filmagens). A “vilã” Victoria Leeds é tudo o que se espera de uma vilã clichê, e você percebe logo de cara que é ela, por isso toda a história gira em tentar provar às autoridades que é ela quem distribui o Flakka.
A história é bem superficial e nem um pouco elaborada, porém o modo como foi gravado deixa o espectador um tanto quanto satisfeito. O filme em si é um bom entretenimento, e todos os elementos que se espera quando se pensa em “Baywatch” estão lá, a câmera lenta (e a super câmera lenta também), os corpos sarados, muito mar e iates. As cenas de ação, apesar de clichês, foram bem gravadas e as piadas com referências te fazem rir mesmo depois de sair da sala de cinema.
“Baywatch: A Praia Está de Volta” te deixa com saudades do verão e das praias, ainda mais quando você assiste em um cinema gelado de ar condicionado sabendo que lá fora um frio de 14ºC te espera, além de te fazer repensar naquele “projeto verão” (porque ,aparentemente, nenhum salva-vidas ali tem dieta pra se manter em forma, mas você precisa não é mesmo?). No fim, você sai do cinema com a sensação leve de ter visto um filme legal, mas nada que vá te marcar por muito tempo, é um filme pra ver com uma galera e poder se divertir durante as quase duas horas de pura palhaçada. A estréia é amanhã, quinta, dia 15 de Julho! Veja o trailer: