Este longa dirigido por Matthew Weiner, conhecido por seu trabalho na série americana Mad Men, estreou no ano de 2013 no Festival Internacional de Cinema de Toronto sob críticas não muito animadoras.
A película é estrelada por astros já conhecidos do grande público como Owen Wilson (Meia-Noite em Paris) e Zach Galifianakis (Se Beber, Não Case). Os dois interpretam os amigos Steve Dallas e Ben Baker, respectivamente. Steve é um cara de meia idade, que trabalha como homem do tempo de um jornalístico televisivo, já Ben possui uma vida pacata e alternativa como um escritor não muito bem sucedido.
Ambos sofrem com a falta de dinheiro e as grandes responsabilidades da maturidade. Tudo começa a mudar após o falecimento do pai de Baker, que ao morrer deixa grande parte de sua herança para o filho, assim como milhões de dólares e a casa de campo onde Ben havia sido criado e passado bons momentos ao lado de Steve. O problema se instala quando o afortunado se vê forçado a lidar com a sua irmã mais velha e a esposa de seu pai, que praticamente não ficaram com nada. A partir daí toda trama se desenvolve em meio a problemas da vida cotidiana familiar.
Como falei lá no início, se trata de uma comédia dramática, porém não tão bem realizada. Se a mensagem de “o dinheiro não traz felicidade” parece boa, todo o resto não funcionou como deveria. Acredito que faltou sobretudo na interpretação de Wilson e principalmente na de Galifianakis, que parece só ter conseguido carregar a veia cômica ao longo de toda sua trajetória profissional. O personagem Ben me remeteu a todos os outros que o ator interpretou em longas como Se Beber, Não Case (2009) e Um Parto de Viagem (2010). Sobre Owen Wilson já nem posso falar muito, pois como tradicionalmente não espero grandes coisas vindo dele, não criei expectativas e assim não me decepcionei com absolutamente nada. Se nem Woody Allen conseguiu dar jeito, é porque a coisa é bem difícil.
Falando sobre as moças da película temos Amy Poehler (Meninas Malvadas), que interpreta a irmã mais velha de Zach e a novata e sósia da Mel Lisboa (rsrs), a atriz Naomi Lavette. Amy também possui uma veia cômica bem à mostra, porém acredito que ela consiga ir além disso. Digo que gostei dela neste longa, mesmo que o seu papel tenha tido pouco destaque. Já Naomi também não conseguiu atingir a nota máxima e pareceu morna demais durante a trama, um pouco sem expressão digo até.
O diretor Matthew Weiner bem que tentou fazer com que seu longa tomasse um caminho mais denso, porém a comédia falou um pouco mais alto. Até as piadas não foram tão engraçadas, mas creio que isso tenha sido devido a proposta da película ser outra. Senti também que a química entre os atores, principalmente entre Lavette e Wilson não tenha funcionado bem. O texto não é primoroso, em algumas partes se torna confuso e faz com que o longa vire uma coisa cansativa e maçante demais para quem está assistindo.
No resto até consigo destacar a trilha e a fotografia, que em algumas cenas como a da parte da casa de campo, conseguiu trazer uma leveza e a simplicidade de uma vida bucólica. Para o Que Der e Vier não cumpre sua proposta, mas consegue ser algo assistível.