Dando continuidade à saga das nossas clones favoritas Sarah, Cosima, Alison e Helena, estreou no dia 18 do mês passado a terceira temporada de Orphan Black, sendo transmitida pelo canal Space do Canadá, que há pouco anunciara mais dez episódios novos para a quarta temporada da série — amém.
Com apenas três episódios exibidos, a série sofre um pequeno deficit de audiência nos Estados Unidos — levando em consideração os três primeiros episódios da temporada anterior.
Longe disso, na verdade. As clones voltam mais unidas do que nunca para encontrar Helena, irmã gêmea de Sarah, que fora raptada no final da segunda temporada com o aval de Siobhan, mãe adotiva de Sarah, em troca de Kira, filha de Sarah.
Enquanto isso, Delphine poe um fim em seu relacionamento com Cosima — fazendo nossos olhos suarem só um pouquinho (eufemismo do ano). O que nos faz perceber também que Delphine não era a única ‘puppy‘ do seriado depois daquele ‘eu te amo’ falado aos prantos, enchendo nossos corações de tristeza.
A nova ameça à vida das clones tem nome, conhecemos mais sobre o Projeto Castor, os clones masculinos, grandes adversários das nossas Ledas na terceira temporada ao passo que Alison, que parece estar muito a par de boa parte dos acontecimentos, inicia sua carreira política contra Marcie Coates, aparentemente, uma agente imobiliária.
Graeme e John parecem nem mesmo nos deixar respirar, empurrando os dilemas dos Castores para nós, meros mortais, tornando tudo isso ainda mais periférico.
As repercussões da última temporada ainda estão longe de serem apaziguadas, logo depois da remoção do lápis que atingira seu lobo frontal, descobrimos que Rachel sofre de apraxia da fala — perca da capacidade em executar movimentos e gestos precisos. Forçando Delphine assumir seu posto que, subitamente, desaparece da série logo após isso.
Há uma intensa mudança de ritmo e foco na terceira temporada — não apenas mais meia duzia de Tatianas Maslany e também mais uma meia duzia de Ari Millens. Há ainda muita interação entre Sarah e Art, ex-parceiro de Beth, clone que se suicidara na primeira temporada e um pequena diálogo entre Sarah e Gracie, esposa de Mark, um dos clones masculinos.
Com tantas informações daqui e dali, é preciso respirar profusamente antes de ler o que vem a seguir. Respirou? Tá tudo bem? Então, tá bem. Vou te falar, ao fim do terceiro episódio, Sarah recebe um telefonema de nada mais nada menos que sua irmã, Cosima, confirmando o que eu suspeitava há muito tempo atrás: os Castores são sim os irmãos biológicos das Ledas…! E aí, estão todos em pé? Porque eu estou des-ma-ia-da.
Mas espera aí, levanta desse chão, que ainda tem mais! Pega esse computador e respira mais uma vez. No quarto episódio nos deparamos com cenas exatamente fofas entre nossas clones Ledas com seus recém-descobertos irmãos, os Castores. A principio, Sarah e Mark dividindo aquele momento melodramático e sangrento dos dois, onde ela retira uma bala de sua coxa — disparada pela mãe de Gracie, Bonnie, no final do terceiro episódio (e, gente, que mulher mais ruim aquela).
Também houve cenas entre Cosima e nosso queridíssimo Felix, que não poupou comentários sobre a dor de cotovelo em que Cosima passava, usando um dos ‘casacos de ilhama’ de sua póstuma (?) namorada — na qual, imploro por informações! E, claro, Alison e Donnie — quem me parece estar desviando totalmente do foco da série e acho que não sou a única a perceber isso, sou? E, claro, a cena que arrancou uma lágrima dos meus olhinhos, Helena matando um dos Castores — Parsons — para poupá-lo da dor. A morte nunca foi tão fofa.
A amizade entre os Castores e as Ledas iam muito bem ao meu ver, mas assim, pessoal, nunca me senti tão traída ao ver aquela cara linda do Mark — Deus te abençoe, Ari Millen — afrontando seu irmão, Rudy, pela vida da Sarah e depois levando ela para base porquê eles ‘não deixam pontas soltas’ — ai, meu coração, que traidor!
Ah, vai tomar no banho, vocês, Castores! Mas calma, gente! Pelo o que entendi só foi para poupar a vida da Sarah, não joguem pedras sobre o Mark, não, porque eu tenho boas vibrações sobre esse rapaz e quase certeza que ele vai ajudar nossas Ledinhas com esse dilema para encontrar a cura — não só para as clones fêmeas, mas como os clones masculinos também.
Para finalizar, a terceira temporada deixa muitas dúvidas entre a relação Leda-Castor, onde diabos Evelyne Brochu (Delphine) se escondeu, por que diabos Alison está tão distante de nós e, também, deixa um monte de espaço para o desenvolvimento dos próximos episódios, quiçá os da quarta temporada também.