Nas últimas semanas, foi lançado um trailer da Supergirl gerando muito opiniões e criticas, negativas em sua maioria, sobre a nova série da CBS. O trailer nos apresenta Melissa Benoist no papel de Kara Zor-El, nome Krytoniano da heroína Supergirl e que atuará como secretária na empresa CatCo ao lado da atriz Calista Flockhart fazendo o papel de sua chefe, também estão no elenco Mehcad Brooks Jeremy Jordan, Dean Cain, Helen Slater, entre outros.
O video de duração de 6 minutos parece não ter sido muito bem recebido. E não se enganem não foi o tempo do trailer que desagradou os “fâs”, e sim todo o resto. As criticas vão desde a própria personagem, que para alguns, não passa de uma cópia mal feita de Superman, até o comprimento da saia dela (muito curta). No entanto “a heroína submissa”, como um site da internet colocou em relação a dinâmica mostrada entre ela como secretaria e sua chefe, me chamou mais intenção, não pela sua pertinência mais pela inocência mesmo.
Essa “submissão” vista no trailer, indica mais uma tentativa de mostrar que o poder negativo que a chefe exerce sobre ela servirá de contra ponto ao seu poder interno e que talvez não possa ser revelado (os poderes kryptonianos no caso), mas que pode ajudar as pessoas, do que uma tentativa de criar propositalmente uma mulher submissa, diante de uma sociedade opressora para reforçar os preconceitos e blá blá blá…
Se a personagem tivesse sido apresentada em uma abordagem igual ou parecida as séries de Flash e Arow, muito provavelmente a critica série de que ela é masculinizada ou sexualizada demais, que o mercado de entretenimento não dá espaço para personagens femininos fortes e etc. Mas ao contrário disso, o que vemos é uma série que claramente tenta fazer algo direcionada ao público feminino adolescente, com músicas que o público jovem ouve e com uma protagonista jovem, o que a princípio está longe de ser algo ruim. Só que esse não foi o pensamento de muitos que assistiram. Nas redes sociais, o trailer acabou sendo alvo de criticas como: “será uma comédia romântica ruim” ou “muito mulherzinha” e para Glen Weldon, autor do livro Superman: A biografia não-autorizada (2012) não foi diferente. Ele disse em seu Twitter: ” “Típica CBS. Transformou Supergirl em uma comédia romântica ruim. Por que eles não fazem apenas uma série sobre uma personagem de história em quadrinhos?
É engraçado notar como os critérios da “critica especializada das redes sociais” não se direcionam para as questões mais pertinentes e sim para aquelas que poderão dar mais polêmica e consequentemente gerar muitos views. Digo isso, pois se fizermos um paralelo desse trailer com o de Lúcifer, ambos criados em universos de personagens maiores (Superman e Sandman), na mesma editora (DC Comics), iremos notar que o trailer de Lúcifer é de extremo mal gosto e descaracteriza quase que completamente o personagem. Os elementos em comum com a HQ´s parece que só uma desculpa para falta de criatividade de seus produtores. Mas falar isso daria polêmica? Traria views? Acho que não…