Quem é Anna Michiles? Uma resposta simples é a coisa mais coerente a ser feita. Anna Michiles é uma mulher comum, linda, mas comum. Com problemas que beiram a normalização da vida de todos hoje em dia. E talvez seja por isso que esta mulher tenha os melhores escritos sobre comportamento e sentimentalismo que raramente vi igual na minha vida. Segue alguns deles e que sejam inspiração para você:
“A arte de esquecer me parece a mais moderna das sabedorias sentimentais, aquela que mais permite mover-se no mundo como ele é, não como nos fizeram crer que ele seria. Nesse mundo haverá sexo, haverá paixão e, às vezes, haverá amor. É provável que haja desencontro e ruptura e que sejamos forçados a começar de novo, sozinhos. Esse é o ciclo da vida como ela se apresenta. Nele, deixar para trás e esquecer é tão essencial quanto reconhecer e se vincular. Consiste no nosso legado sentimental.
É isso!”
“Aos olhos dos outros, somos projetados de uma forma errônea… às vezes, mais do que realmente somos; outras vezes, nos despem de nossas virtudes…visão turva! Precisamos, portanto, saber quem somos. Porque há pessoas que nos roubam e há pessoas que nos devolvem…essas são as que eu procuro na vida.”
“Às vezes, a gente FORÇA A BARRA para “aquilo” acontecer, e na verdade, o futuro acaba revelando que tudo era erro. E erros foram feitos para serem consertados”
“Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor, meu Deus? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz, não é?! Sofremos por quê, então? Porque, automaticamente, esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Mas… ainda bem que o mundo continua de pé, lá fora, nos esperando para nos surpreender com aquilo que realmente merecemos!