Na primeira edição, as classificatórias, semifinais e final aconteceram no mesmo dia. Nesta edição, mudamos e ficou da seguinte forma:
2º Sábado: 05/11/16 às 17:30h – Semifinal (md3)
3º Sábado: 12/11/16 às 13h – Final (md5)
Apesar do torneio não ser muito grande comparado aos mega eventos da Riot, Rexpeita Elas possui premiação em RP e é dada pela Riot, que patrocina os torneios amadores. Os troféus foram encomendados com o dinheiro das inscrições do primeiro torneio e a pelúcia foi uma parceria com a loja La Midori. Ao questioná-los sobre os lucros eles afirmaram:
”Não temos nenhum lucro e o valor cobrado pela inscrições, que é de R$ 15,00, é usado para a premiação do próximo torneio.”
♡ 2º Lugar: 800RP – Pink Storm
♡ 3º Lugar: Bônus de IP (10 vitórias) – Stranger Gems
♡ 4ºLugar: Bônus de IP (4 vitórias) – New Queens
CDL: Afinal, o que é a Rexpeita Elas, além de ser um campeonato vocês consideram como um ”movimento em prol da inclusão da mulher no e-sport”?
RXELAS: O Rexpeita Elas começou com um grupo de amigos meu… nisso começamos a abrir para outras pessoas que tinha a intenção de jogar e que “rexpeitavam” as mulheres. Hoje considero o Rexpeita Elas um movimento que “busca igualdade de gênero nos games”, acho que vai muito além de só inclusão das mulheres no mundo do e-sport. Somos um movimento que quer impactar também os jogadores e conscientizá-los de forma positiva para a ideia de que as mulheres também estão na comunidade gamer e que elas também são boas nos jogos, por isso merecem reconhecimento. Nosso público alvo inicialmente é o LoL, mas pretendemos levar a iniciativa para outros games.
CDL: Existe algum tipo de empoderamento envolvido no campeonato? Vocês se consideram feministas?
RXELAS: Sim, com toda a certeza existe empoderamento. Empoderamos muitas meninas e meninos a querer se envolver no mundo do e-sport, seja gamer, caster, analista/comentarista, streamers e afins. O movimento, apesar de levar a premissa máxima do feminismo, que é a igualdade de gênero, não se denomina dessa forma. Nossa staff é bem diversificada, e uma das moderadoras é feminista, e ela leva sempre as discussões do movimento para os posicionamentos da equipe porque sabemos que, por buscar a igualdade de gênero, muitas meninas feministas nos acompanham. O restante da staff, que é formada por homens e mulheres, se identifica e acredita que é sim possível ter igualdade de gênero nos games, mas sem se denominar feminista.
CDL: Qual foi real motivo e o que incentivou vocês a criar um campeonato feminino?
RXELAS: Sinto falta de garotas no competitivo e ao perceber que isso acontece principalmente pelos muitos insultos machistas que as jogadoras sofrem em Summoner’s Rift e a falta de incentivo á elas. Por mais que você possa estar jogando bem, isso vai te desmotivar. Então eu falei: por que não fazer um torneio só para garotas?, em conversa com um amigo que conheci no jogo, João Lucio Junior, que acreditava que era possível e acredita no potencial das garotas e assim ele começou a me ajudar a fazer o nosso Torneio Feminino se tornar possível.
RXELAS: MUITA! Quantas mulheres você vê no e-sport competitivo? Quantas mulheres que você vê que estão numa carreira “fixa” na área? Quão fácil é para uma jogadora conseguir patrocínio/incentivo/parcerias? De acordo com a pesquisa Game Brasil 2016, as mulheres são a maioria, porém, onde estão elas? Então sim, existe muita desigualdade e falta de apoio. Por isso não vemos tantas garotas no mundo do e-sports.
CDL: O que vocês acreditam que ainda precisa melhorar para que o ambiente se torne menos desigual?
RXELAS: Hoje percebo que o preconceito com relação às garotas gamers, além do machismo que é absurdo e desnecessário. Temos ainda outras meninas que não acreditam em outras garotas, apesar de ser minoria. E por esse motivos muitas preferem ficar sem evidências, colocam nicks masculinos para evitar sofrer preconceito das duas partes. Precisamos educar/conscientizar a comunidade de gamers a incentivar, fazer criticas construtivas e não julgar as garotas. Acho que esse é um passo que deve ser dado. Sei que é difícil, porém não é impossível. Acho que esse é um bom começo para mudar essa desigualdade.
CDL: Quais são os planos futuros do campeonato para aprimorar o desempenho?
RXELAS: Estamos estudando as melhores formas de aprimorar as técnicas que assegurem para o público e para os demais times que são, realmente, mulheres jogando. Muitas meninas tem níveis de elo muito alto, e muitas pessoas não acreditam que sejam elas mesmas jogando, o que causa desconfiança. Por isso, para os próximos torneios, a nossa meta é encontrar uma medida que seja segura e não invasiva.
CDL: O que vocês buscam priorizar em um campeonato?
RXELAS: Buscamos, principalmente dar visibilidade às players! É um campeonato organizado e pensado para contribuir com o cenário feminino de LoL nacional.