Perfeição! Define o novo filme de Tom Hanks, Sully: O Herói do Rio Hudson, uma vez eu ouvi que uma das profissões menos valorizadas são as de motorista de ônibus e na verdade deveriam ser uma das mais importantes, pelo fato de que um erro do motorista ou um condutor com problemas psicológicos (como já aconteceu) podem destruir famílias, acabar com sonhos e acabar com a vida de centenas de pessoas.
Ano passado sai decepcionado com Ponte de Espiões, as situações tensas ali retratadas pareciam ser infladas de maneira artificial, já em Sully: O Herói do Rio Hudson temos um problema diferente, SE EMOCIONAR! Não estava preparado para ver como o governo, instituições e serviços privados tentam de todas as formas colocar pessoas contra pessoas, e às vezes contra nós mesmos.
Sully esta indo para mais um dia comum, pilotando seu avião, com centenas de passageiros, ele começa a ter problemas, seu co-piloto Jeff Skiles (Aaron Eckhart) tenta ajuda-lo, mas em vão. A torre de Controle também não consegue fazer muita coisa, Sully decide fazer o menos recomendável, fez o que seu coração pediu e mesmo que ele tenha salvo centenas de pessoas o sistema busca de toda a forma destruir a sua carreira.
Tom Hanks entrega um personagem muito calmo e sereno, que pensou e foi ágil na hora de se decidir sobre o que fazer, sua experiencia em voos lhe garantiu a sobrevivência e celebro aqui um dos melhores filmes do ano que teve a direção de Clint Eastwood, veterano em fazer clássicos, assim como Tom. Todo o resto do elenco é ofuscado pela atuação monstruosa de Tom Hanks, logo falar sobre os demais, nada mais é que uma sombra. Podemos destacar o Co-Piloto vivido por Aaron Eckhart, sendo e mostrando ser leal a Sully e tendo plena confiança nas suas habilidades.
Sully: O Herói do Rio Hudson é um daqueles filmes que te emociona em detalhes, mostrando a todo o momento como a vida deve ser valorizada, como cada ação que fazemos pode ser a última e como devemos valorizar a vida humana acima de tudo. Máquinas são insensíveis, não pensam e não raciocinam, não foi um calculo que salvou pessoas, foi o coração de um homem. No filme podemos ver como as relações entre pessoas é importante, como isso pode salvar vidas e como uma pessoa de caráter consegue acima de tudo isso, colocar a sua família a margem do problema, tentando de tudo para que os mesmos não sejam engolidos pelo egoísmo e hipocrisia das pessoas. Não se pode fazer muita coisa sem duas turbinas em um avião. O coração e a sutileza de um homem contada em detalhes, um detalhe que jamais será esquecido pelos 155 passageiros que passaram pelo pesadelo real.
O filme consegue passar tudo isso, consegue mostrar que nossas vidas devem ser conduzidas por pessoas capazes, porque muitas vezes só temos uma chance de fazer a diferença na vida das pessoas. O filme emociona do começo ao fim.
Sully: O Herói do Rio Hudson, estreia em 1 de Dezembro.
Revisado por: Raquel Moscardini