Na longa lista de séries que a Netflix já lançou neste primeiro semestre de 2020, entre elas está uma das que mais se destacou, Outer Banks. Apesar de não ter sido muito divulgada, ganhou uma legião de fãs no período da quarentena e esses agora esperam que o serviço de streaming traga os Pogues e os Kooks de volta para seu segundo ano.
A página Outer Banks Brasil no Twitter iniciou um projeto de subir uma hashtag de renovação para chamar a atenção da empresa e os fãs estão empenhados. Por isso, listamos neste post os cinco motivos para a série ganhar uma continuação.
Amanhã é o grande dia de colocar nossa tag nos trends e fazer muito barulho pra Netflix renovar a série!!
será as 16h da tarde, participem!
contamos com vocês ❤️ pic.twitter.com/vuStxjt8ga
— Outer Banks (@OuterBanksBR) June 12, 2020
Outer Banks é uma série de mistério que se passa em uma ilha de mesmo nome, na Carolina do Norte. Dividida em duas tribos, a dos ricos e privilegiados chamados de Kooks e a dos pobres e abandonados à própria sorte, os Pogues; onde se encontra o grupo de amigos principais e segue a história do adolescente John B, que perdeu o pai navegador em uma tempestade em alto mar e inicia uma caça ao tesouro. Mas ele não é o único em busca da fortuna escondida.
1. A trama que conduz a série
O ponto principal de uma série é ter um enredo capaz de prender o espectador durante o tempo que ela propõe. Com 10 episódios no total, Outer Banks é capaz de atrair a atenção do público desde o primeiro momento. Os Pogues são um grupo de amigos de diferentes planos de fundo que falaremos mais à frente e durante o verão eles têm uma missão: se divertirem o tempo todo. O estilo de vida que eles levam, embora não seja uma de luxo, nos prende no senso de liberdade que eles mostram, apenas vivendo o momento surfando e se divertindo uns com os outros.
Ainda nos primeiros minutos, com os resultados de um furacão que atingiu a ilha, os quatro Pogues se envolvem em caso da polícia local e rapidamente descobrem que tem ligação com o desaparecimento do pai de John B. Conforme os episódios passam, eles mergulham cada vez mais no mistério que ronda um tesouro valioso que pessoas capazes de matar também estão em busca, culminando em um fim de temporada eletrizante.
2. Pogues vs Kooks
Personagens bem construídos são a regra em Outer Banks. Em cada uma das tribos e também os demais secundários, todos tem seu papel na trama e suas camadas de profundidade.
Começando pelos Pogues: Pope, Kiara, JJ e John B são carismáticos e com suas próprias lutas em meio a tantos conflitos. É impossível comparar qual deles tem maior ou menor importância, mas o destaque é definitivamente do JJ, por tudo que o personagem passa e como o ator entrega a performance, mas isso já é outro tópico. Apesar de não ser tão adorado pelos fãs, o John B também merece reconhecimento por aguentar tudo e conduzir a história melhor do que um adolescente comum faria. No fim das contas, suas escolhas e ações são justificáveis por conta de toda a adrenalina que está vivendo. Kiara e Pope tem suas histórias separadas e também juntos, o que nos faz levantar outra questão para a renovação da série.
Entre os Kooks, estão a Sarah Cameron, que se torna um interesse amoroso de John B. e aliada dos Pogues e é nessa tribo também que se encontram os ditos vilões da série. Personagens como o Rafe, Topper e Ward estão presentes para fazer o espectador passar raiva, cada um com a sua justificativa, são um ponto importante para como a história se desenrola.
3. Pogues para a vida
Uma das melhores partes da série, senão a melhor, é o elenco. Chase Strokes, intérprete de John B, Rudeth Pankow como JJ, Jonathan Daviss como Pope, Madison Bailey como Kiara ou Kie e Madelyn Cline como Sara Cameron performam com maestria a química entre os personagens, pois ela reflete na relação que eles têm entre si fora da tela. Dos sets para a vida real, eles chegaram a dividir um apartamento na quarentena.
O talento de cada um é inegável, mas novamente o destaque vai para Rudy Pankow por entregar cenas muitas vezes difíceis emocionalmente de JJ e também por várias de suas falas serem improvisadas. Além dele, Jonathan Daviss retratou de forma perfeita os conflitos de um adolescente negro e pobre que precisa se provar bom o suficiente a todo momento por conta de sua cor. Uma das cenas mais difíceis de assistir é entre seu personagem Pope e JJ que utiliza de seu privilégio branco para evitar que o melhor amigo seja prejudicado para a vida.
4. Fotografia e cenário
Embora não seja filmada em Outer Banks por questões de logística, a série é gravada em Charleston, Carolina do Sul, que também entrega cenários de tirar o fôlego. Mesmo que a bela cidade fosse o suficiente para trazer cenas incríveis, o trabalho de fotografia também é feito muito bem. A série predomina cores quentes e leva o alaranjado e envelhecido na maioria das cenas, que entra em contraste com os tons mais frios e o azul do mar e do céu.
5. Mistérios não resolvidos
O fato é que a primeira temporada deixa muitas coisas em aberto. Talvez esse tópico contenha leves spoilers, mas precisa ser dito para provar um ponto. Ao final do décimo episódio, os 400 milhões de dólares em barras de outro estão em outro país, os principais estão foragidos e dados como mortos, além de os verdadeiros culpados estarem livres para perpetuar sua ganância.
Os fãs de OBX já fizeram muito pela série deixando ela no TOP 10 na Netflix por várias semanas consecutivas e mantendo-a como um dos assuntos mais falados nas redes sociais. Está mais do que claro que o serviço de streaming não deve ignorar a comoção que Outer Banks conquistou. E, o lado positivo, é que os produtores já deixaram claro que o plano inicial era de 5 temporadas no total. Agora nos resta esperar pelo melhor e torcer para vermos os Pogues de volta nos próximos anos.