O novo jogo de uma das franquias mais populares da Ubisoft chegou com tudo, em Assassin’s Creed Valhalla você é Eivor Marca-de-lobo e irá ajudar a liderar seu clã nas terras gélidas da Noruega ou nas planícies verdejantes da Britânia.
O game se passa durante a unificação da Noruega pelo Rei Harald I e a expansão das civilizações nórdicas no Noroeste do atual Reino Unido, aproximadamente no ano de 873 d.C.
Protagonista
Como havia sido anunciado, o gênero do protagonista pode ser escolhido e Eivor pode ser homem ou mulher. Ambos terão a cicatriz no rosto, que trará o alcunha de Marca-de-lobo.
O protagonista é um órfão adotado pelo Rei Styrbjorne e irmão de criação de Sigurd, um guerreiro promissor e herdeiro do vilarejo onde vivem. Enquanto Eivor é melhor em guerrear e explorar, Sigurd é um diplomata e idealista que consegue vencer batalhas políticas.
Um povo guerreiro
Os povos nórdicos não são bem vindos em solo da Britânia, o que faz com que Eivor e seu vilarejo precisam formar alianças, unir aldeias e se fortalecer para prosperar e sobreviver às ameaças.
Batalhas de fortes e incursões são as melhores maneiras de pilhar os inimigos, conseguir matéria-prima e outros itens necessários para melhorar o acampamento.
A mecânica de fortificar e prosperar o assentamento vêm também por meio de missões (principais ou secundárias) e ajudam a melhorar os tipos de recurso que o jogador terá acesso durante a gameplay.
Muito conteúdo
Assassin’s Creed Valhalla tem MUITO conteúdo, sejam missões principais ou secundárias, áreas para exploração, caça, jogos, colecionáveis e equipamentos. Chega a nos deixar perdidos na hora de escolher o que fazer ou qual caminho seguir.
Quando o jogador tem o “mundo aberto”, a única coisa que o impede de explorar certas regiões é o level recomendado, fazendo com que o jogador tenha que se fortalecer antes de adentrar em um território ou precisará fazer bom uso do modo furtivo.
Mas e os Assassinos?
A irmandade está presente no game, se movendo nas sombras para poder reduzir o poder dos templários e evitar que eles tomem controle da Britânia. Assim como em Assassin’s Creed Odyssey, pistas e alguns inimigos nos levam à pessoas mais influentes dentro da Ordem dos Anciões.
Somos apresentados a dois assassinos, Basim e Hytham, que passam à Eivor seus ensinamentos e mutuamente se ajudam para alcançarem seus objetivos. Eles recebem informações diretamente d’Os Ocultos, que têm sua base em Constantinopla.
A saga d’Os Ocultos segue em paralelo à evolução do game, fazendo com que você decida quando fará as missões dos Assassinos e quando fará as missões do assentamento.
Jogabilidade – 9,0
A jogabilidade é muito ampla, pela primeira vez na franquia o personagem pode equipar duas armas ao seu gosto em cada mão, fazendo com que o estilo de combate possa mudar de acordo com os equipamentos.
As batalhas em grupo são um pouco confusas, mas duelos e assassinatos furtivos são facilmente controláveis.
O game bebe bastante da fonte do que tivemos em Origins e Odyssey, com um sistema de RPG baseado em upgrades de equipamentos e uma árvore de habilidades para expandir os poderes de Eivor.
Também temos referências na jogabilidade dos distritos como em AC 2 e Brotherhood, além da exploração naval, sem batalhas, como em AC3 ou Black Flag.
O que mais chama atenção são algumas opções do jogo que podem trazer desfechos diferentes para a missão, fazendo com que algumas decisões sejam realmente importantes, como matar um traidor ou expulsá-lo.
Outra funcionalidade que não foi bem pensada é a de contratar personagens criados por outros jogadores para nossa equipe, porém essa interação não é muito bem pensada, pois não há um vínculo real com o outro jogador, além de concedê-lo alguns recursos.
Gráficos – 9,0
O visual do game, tanto na Noruega quanto na Britânia é de tirar o fôlego, lindas paisagens, aurora boreal, pôr do sol e paisagens deslumbrantes. Além de uma grande gama de NPCs, armas, armaduras, tatuagens/pinturas de guerra.
Detalhes entalhados nas armas, costuras ornamentais e runas dão um visual mais enriquecido nos visuais do jogo, onde vale a pena olhar os detalhes dos equipamentos que vai escolher, não só pelo status, mas também pela beleza.
Prós e Contras
Chegamos no momento de colocar o lado positivo e negativo lado a lado:
Os pontos positivos de AC Valhalla são a quantidade de conteúdo para fazer no jogo, gerando mais de 60 horas de gameplay facilmente. As missões secundárias têm histórias interessantes e que valem a pena ser jogadas.
Algo que vale a pena ser ressaltado para os fãs da franquia, Layla está presente nos tempos atuais como nos últimos dois jogos, fazendo com que ela tenha o mesmo tempo de participação de Desmond Miles, figura importantíssima em Assassin’s Creed.
Já pelos pontos negativos, alguns pequenos bugs. Inicialmente tive dificuldade de manobrar o Dracar (barco) e de realizar batalhas em grupo, elas são confusas à princípio.
Temos microtransações presentes no jogo, a maioria delas são apenas cosméticos que não têm influência no jogo, porém ainda temos alguns packs de materiais que poderiam ser uma mão na roda.
Conclusão
Assassin’s Creed Valhalla é um dos melhores games da franquia, pois consegue unir o que há de melhor nos AC anteriores e entrega uma gameplay divertida, com histórias incríveis, cenários apaixonantes e personagens bem construídos.
Com certeza esse jogo será jogado por mais de 60 horas, sem contar as atualizações que estão por vir.