Após nos entreter, divertir, deixar de cabelos em pé e sentados na ponta do assento por quase 2 meses, WandaVision teve seu episódio final disponibilizado hoje (05/03) no Disney+.
Desde seu início, a série causou um grande impacto e burburinho entre fãs e críticos, apresentando uma estrutura completamente fora do convencional. Com direção de Matt Shakman e escrita por Jac Schaeffer, a produção da série realmente arriscou muito ao dar toda essa liberdade criativa e espaço para desenvolvimento de algo novo. E não poderia ter dado mais certo.
Com ganchos intrigantes ao final de cada episódio, mesmo que o espectador ainda não tivesse comprado nem digerido a ideia, era impossível não ficar ansioso para tentar desvendar esse mistério e descobrir a causa de todo esse formato que gerou tanto estranhamento no começo.
Muitas das teorias criadas a cada semana, com base nos quadrinhos e outros produtos do estúdio, foram confirmadas no decorrer da obra. Mas, ainda assim, há espaço para crescimento dessa personagem que, ao final, tem uma belíssima transformação na verdadeira Feiticeira Escarlate, especialmente com a segunda cena pós créditos do último episódio.
A atuação do elenco principal é de se aplaudir em pé. Em um produto tão diferente quanto Wandavision, que varia diversas vezes por episódio, tanto em relação ao seu formato quanto ao seu tom, os atores tiram de letra cada momento de comédia ou tensão, assim como cada época dos sitcoms, arrancando risadas, lágrimas e muitos suspiros.
Nesse quesito, merece maior destaque ainda o trabalho de Kathryn Hahn como Ágatha Harkness, a vizinha enxerida e que é um dos grandes focos de alívio cômico. E, além dela, claro, Elizabeth Olsen, que brilha em cada um dos episódios, levando com naturalidade todas as infinitas nuances dessa nova aposta da Marvel.
WandaVision foi bastante arriscada em alguns sentidos, mas que com certeza compensou. Um exemplo são os episódios puramente expositivos, como o episódio 8, mas que foram feitos de uma forma imersiva e interessante, entregando um fan service de respeito.
O episódio final traz tudo aquilo que já esperávamos: muitas cenas de luta no melhor estilo Marvel. A tensão e informações dos episódios anteriores realmente foram construídas para culminar nessa explosão final, que aconteceu conforme previsto, contando com um embate entre os Visões (interpretados por Paul Bettany) e também entre duas feiticeiras.
Além disso, O Grande Final também mostra Wanda cada vez mais poderosa, em uma referência a sua visão através da joia da mente (mostrada no episódio 8). Outro ponto que merece destaque é a trajetória de Mônica (Teyonah Parris), cujos poderes são mais explorados no último episódio ao tentar proteger os filhos da feiticeira. A capitã é, ainda, foco da primeira cena pós-créditos, estabelecendo um gancho para sua participação em Capitã Marvel 2.
O retorno de Wanda já estava confirmado no próximo filme do Doutor Estranho, Doctor Strange in the Multiverse of Madness, com estreia para 2022, mas ficou ainda mais evidente na última cena pós-crédito da série, na qual aparece manuseando um dos livros proibidos, aumentando ainda mais as expectativas.
Com base no episódio lançado hoje, é de se esperar também o retorno de outros personagens que fizeram parte dessa história, como o próprio Visão e Ágatha, e que, nos quadrinhos, é professora de magia de Wanda.
No geral, WandaVision gira em torno de um tema extremamente delicado de dor e luto, mas que foi trabalhado de maneira emocionante ao mesmo tempo que deu palco para o desenvolvimento dessa personagem que tinha grande potencial.
Além de ter cumprido seu propósito de uma grande estreia na plataforma Disney+, bem como a porta de entrada para vários outros projetos do MCU, como a capitã Mônica Rambeau, WandaVision inovou e quebrou muitos paradigmas, estabelecendo um novo patamar para os produtos que vierem a seguir.