O anime de Jujutsu Kaisen foi lançado em 2020, e desde lá conquistou uma base de fãs apaixonados, que esperam ansiosamente por novidades sobre a obra.
Baseado no mangá de Gege Akutami, o anime Jujutsu Kaisen teve apenas um filme e uma temporada até o momento, mas a segunda já tem data de estreia: julho de 2023. Até lá, a expectativa só vai crescer, mas para quem ainda não viu, fica a pergunta: vale a pena mesmo?
Pra responder, primeiro precisamos pensar na história de Jujutsu Kaisen, que gira em torno de Itadori, um jovem que adquire poderes sobrenaturais, após ter contato com uma espécie de objeto amaldiçoado. Porém, quando alguns feiticeiros descobrem que Itadori tem mais controle sobre a maldição do que o esperado, o jovem passa a correr perigo.
Em outras palavras, é um shonen que promete tudo aquilo que já esperamos: problemas nada típicos para jovens de idade colegial, e cenas de ação que ocupam boa parte do tempo da obra. Mas com uma diferença: é uma obra muito bem escrita, e muito bem pensada.
É extremamente difícil encontrar pontas soltas em Jujutsu Kaisen, que em apenas uma temporada provou que é completo, e tem potencial para entrar para a história como uma grande obra. Os personagens apresentados até agora foram cativantes em sua maioria, desde o trio principal até os personagens secundários, e sabemos que esse fator é essencial para um anime conquistar o amor dos fãs.
Porém, apesar do anime ter muita qualidade, quem procura cem por cento de fidelidade ao mangá não vai encontrar, o que não tira em absolutamente nada o brilho da obra de Gege. Vamos conferir algumas diferenças:
1. O início
Enquanto o mangá começa com um ritmo mais lento, apresentando os personagens, o anime traz um passo mais acelerado, partindo pra ação de fato logo no primeiro episódio. Particularmente, considero uma boa mudança, já que o espectador consegue sentir logo de cara qual será o tom do anime, e não se choca com a mudança repentina que acontece no mangá.
2. As histórias de origem
No mangá, as origens dos personagens são mostradas de uma forma mais extensa, no anime são mais rápidas. Isso não foge do esperado considerando uma animação de poucos episódios, mas os fãs podem sentir falta da backstory de alguns personagens.
3. As lutas
O anime encontra um equilíbrio entre cenas de ação e cenas da vida colegial do trio principal que considero satisfatório, enquanto a primeira metade do mangá não se estende tanto em lutas, e tem um passo mais lento, fazendo alguns sentirem falta da ação típica do gênero.
Apesar dessas diferenças, diria que vale muito a pena assistir o anime. A chance de você se apaixonar por um – ou mais – personagens é enorme, mas já aviso: se prepare para ver eles apanhando em algumas lutas. Afinal, a maioria são colegiais sem muita experiência de combate. Outros pontos positivos da obra estão no traço lindo do anime, na representação de personagens femininas fortes – e não sexualizadas – e na história inovadora.