O cenário competitivo de eSports no Brasil tem crescido rapidamente, e com ele, a importância dos treinadores, conhecidos como coaches no CBLOL. Eles desempenham um papel crucial no desenvolvimento das equipes, moldando estratégias, motivando jogadores e auxiliando no progresso técnico.
Recentemente, o anúncio da saída de Kim “Sickness” San-ha, coach da Kabum Esports, levanta questionamentos sobre o estilo de treinamento adotado no país. O que essa mudança revela sobre o cenário atual? E qual seria o melhor estilo de treinamento para o sucesso das equipes?
Em um anúncio surpreendente nas redes sociais, a Kabum Esports revelou que Yeonjoon “Flawless” Seong, o jungler da equipe, e Kim “Sickness” San-ha, o coach, estão deixando a organização e consequentemente o CBLOL.
A decisão foi tomada por motivos estratégicos, já que a Kabum busca otimizar sua lineup para o CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends). O objetivo principal da equipe sempre foi e continuará sendo a busca pelo título do campeonato.
Flawless, que já competiu na liga japonesa em 2022, conquistou o quarto lugar e o primeiro lugar no tier 2 da LCK (Campeonato Coreano de League of Legends). Sua experiência em ligas domésticas e internacionais trouxe um valor adicional para a Kabum Esports.
Uma grande surpresa no cenário de League of Legends?
O que torna esse anúncio da Kabum Esports particularmente surpreendente é a saída de Sickness, o coach da equipe. Sickness sempre foi uma figura proeminente dentro da organização e se destacou por sua mentalidade diferente em relação aos outros coaches estrangeiros.
Em uma coletiva de imprensa anterior, ele mencionou que fazia brincadeiras para motivar a equipe quando ninguém mais acreditava neles.
Essa abordagem mais suave, distinta da intensidade costumeira dos coaches coreanos e chineses, pode ter influenciado na decisão. O estado mental dos jogadores tem sido visivelmente afetado, como evidenciado por seus tweets e comunicação limitada.
Por outro lado, no cenário nacional, Stardust, o coach da Los Grandes, revelou em uma entrevista que Boal está competindo ativamente por um lugar no CBLOL. Boal, o top laner da equipe, atualmente joga pelo time acadêmico, enquanto Hidan tem representado o time principal. No entanto, os resultados não têm sido favoráveis, que conquistou apenas sua primeira vitória em cinco jogos durante os confrontos de domingo da segunda etapa.
Uma reflexão sobre o CBLOL e outras Ligas.
Com isso, vem o questionamento: seria melhor priorizar um sistema baseado em pressão, influenciado pelos métodos de treinamento coreanos, ou aderir ao sistema de estudo coletivo defendido por Maestro, o coach da Fúria, que orgulhosamente discute as boas performances de sua equipe em coletivas de imprensa?
Logo, isso nos leva a refletir sobre as diferentes mentalidades e culturas presentes no treinamento dos eSports. Enquanto na Coreia do Sul e na China, os estilos mais rígidos e disciplinados têm prevalecido, o Brasil tem buscado sua própria identidade no cenário em torno do CBLOL. A saída de Sickness pode indicar uma preferência por abordagens mais leves e motivacionais, que sejam capazes de lidar com a pressão competitiva sem comprometer o bem-estar emocional dos jogadores.
Diante da saída do Sickness, surge a questão sobre qual seria o melhor estilo de treinamento para os eSports no Brasil. Embora não haja uma resposta definitiva, é importante considerar as particularidades do cenário brasileiro e das equipes nacionais. A abordagem mais branda e motivacional pode trazer benefícios, como o fortalecimento da confiança e o incentivo à criatividade dos jogadores. No entanto, é essencial encontrar um equilíbrio entre a motivação e a disciplina necessárias para o alto nível de competição.
No final das contas, o estilo de treinamento ideal dependerá da dinâmica de cada equipe e das características individuais dos jogadores.