‘Megatubarão 2′ mal foi lançado nos cinemas e já está causando discussões na Internet. O motivo é a baixa nota da crítica – o filme estrou com 0% de aprovação, seguindo com 23%. Já o primeiro filme da trama possui 46% de aprovação.
“Megatubarão 2” é dirigido por Ben Wheatley que não segue o mesmo estilo, que não segue o mesmo estilo de Jon Turteltaub, diretor do primeiro filme, mesmo havendo algumas semelhanças visíveis. O original trazia uma tentativa de narrativa desenvolvida com direito a uma certa apresentação de personagens que é quase nula aqui.
Pode-se dizer que Megatubarão 2 é um filme sem história, que não sabe o que quer e nem para onde ir, e que utiliza de cenas de aventura com elementos aleatórios – como anti-heróis malvados que parecem estar ali apenas para forçar o filme a acontecer, referências, répteis surgindo do nada e crianças desconhecidas em apuros – para disfarçar a sua falta de direcionamento.
Como um pai que dá doce a uma criança para que ela se distraía e esqueça o motivo pelo qual chorava, o diretor nos propõe essas cenas desordenadas para nos fazer esquecer que, por trás delas, não tem nada acontecendo ali. Não há um motivo para aquilo tudo estar acontecendo.
O excesso de informações visuais no filme, ao invés de atrair e aumentar o interesse, como deveria ser, o afasta. Mas o problema em si não é essa abundância mista de conteúdos que invadem a tela, afinal esse fator é considerável em um filme do gênero, mas sim o modo como elas são dirigidas, “jogadas”, sem justificativa ou desenvolvimento.
Há uma carência de conteúdo narrativo que dificulta o aproveitamento do filme.
As cenas de ação, entre batalhas, até são divertidas de assistir nas telonas, apesar de serem mal projetadas no quesito tecnológico, e o humor também é bom. Ambos típicos de filmes de tubarão. Até mesmo esses pontos são reciclados do primeiro filme e de outros filmes de proposta semelhante.
Se você gosta muito de filmes de ação genéricos, pode até ser que você aproveite Megatubarão 2. Mas não vá esperando muita coisa.