As expectativas para um novo filme do Hellboy já eram mistas, pois seu último filme em 2019, foi um absoluto desastre para todos, já nesse novo filme eles tentam ir por um novo caminho, o do Terror com Horror, mas isso não funciona como esperado.
Fui a convite da Imagem Filmes e Califórnia Filmes em uma sessão exclusiva do filme, para trazer a vocês as minhas impressões. O filme é estrelado por Jack Kesy como o personagem Hellboy, Adeline Rudolph como Bobbie Jo Song, Martin Bassindale como Jeremiah Witkins/Homem Torto, Jefferson White como Tom Ferrell, Leah McNamara como Effie Kolb, Joseph Marcell como Reverendo Watts e Hannah Margetson como Cora Fisher. Esses são todos os personagens principais que teremos na trama, mas os problemas já começam por aí.
A trama se passa em 1950 e começa com Hellboy junto de Bobbie Jo, uma agente novata da B.P.D.P (Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal) que quer saber mais das coisas em campo. Eles acabam indo parar em uma Montanhas dos Apalaches, onde Hellboy diz que tudo ali fede a algo ruim, além de atrair e despertar tudo de ruim ali. Eles descobrem uma comunidade remota e assombrada, dominada por Bruxas que servem ao demônio local conhecido como O Homem Torto, que tenta usurpar as almas de suas vítimas para se tornar vivo novamente.
Infelizmente, as atuações não são nada surpreendentes. Temos, sim, algumas boas cenas, porém no geral a entrega é abaixo: Hellboy parece sem personalidade, com medo e não impõe o devido respeito que é esperado.
Inclusive na trama é falado que o Homem Torto não sente medo dele. Além desse problema nítido com o Hellboy, temos outro problema gigante: o famoso “roteirista preguiçoso”. Muitas coisas acontecem apenas porque sim, sem aprofundamento e só acontecem porque o diretor e roteirista querem que aconteça, o que frustra, pois deixa uma sensação de que pelo menos 30% do filme não serve para absolutamente nada.
A subtrama não se conecta a nada e, especialmente em um filme curto, tem momentos que parecem uma eternidade e que não levam a lugar algum, e isso frustra muito!
O filme tenta ir para um caminho de Terror e Horror, com bruxas e demônios, muitos jumpscare, porém forçados, com o áudio ficando estourado forçadamente para te assustar pelo barulho e nem pela cena em si. Além de incomodar, não assusta, e é só algo chato e forçado. Mas um ponto em que acertaram foi nas piadas, são em bons momentos e com tiradas certeiras (?), arrancaram boas risadas.
Sabemos que o filme não teve um grande orçamento, não foram revelados quantidade exata, mas em muitos momentos o CGI deixa a desejar de forma extrema. Se compararmos com Hellboy de 2004, os efeitos desse novo são inferiores! Isso é simplesmente uma loucura de se pensar.
Concluindo, Hellboy e o Homem Torto é um filme sessão da tarde. Você pode ver uma vez, se divertir e pode até gostar se for com a mente aberta e não vá ser criterioso com o filme. Por isso acho que é justo dar 3 estrelas para ele, pois o filme se arrisca mudando o tom dos filmes anteriores, mas também peca em muitas coisas, com a trama se arrastando desnecessariamente e dando foco em aspectos que não fazem sentido. Não é um desastre completo, mas está abaixo do esperado para um personagem querido.