A recente disseminação de fake news envolvendo o filme Sonic 3 evidencia a necessidade de regulação governamental das empresas de tecnologia. Este caso demonstra que as plataformas de mídias sociais não se preocupam com a veracidade das informações divulgadas em suas redes, nem com o impacto de sua amplificação. Vários sites têm utilizado o filme para propagar desinformações relacionadas à representatividade de pessoas negras, mulheres e da comunidade LGBTQ+.
De acordo com o site Pleno News, que está associado aos projetos religiosos da empresa evangélica MK Music e Radio 93 FM, o filme do personagem da SEGA foi desclassificado do Oscar 2025 devido a uma suposta falta de representatividade de mulheres, grupos raciais ou étnicos, LGBTQ+ e pessoas com deficiências cognitivas, físicas, auditivas ou surdez. No entanto, essa informação é uma fake news.
Conforme indicado no próprio site do Oscar, existem quatro critérios de representatividade para que um filme possa estar elegível para a premiação, sendo necessário cumprir pelo menos dois deles para concorrer a melhor filme. No entanto, vale destacar que dois desses critérios estão relacionados apenas ao estúdio e não à produção do filme em si.
Os dois critérios são:
- Oportunidades de estágio e aprendizagem remunerada (A empresa responsável pela distribuição ou financiamento do filme ofereceu programas de aprendizagem ou estágios pagos para grupos sub-representados).
- Representação em desenvolvimento, marketing, publicidade e distribuição (O estúdio e/ou a empresa de filmes possui mais de um executivo sênior e interno ou consultores contratados que pertencem a pelo menos dois grupos sub-representados nas suas equipes de criação e desenvolvimento, marketing, publicidade e/ou distribuição, sendo que pelo menos um desses indivíduos deve pertencer a um grupo racial ou étnico sub-representado).
Ou seja, a Paramount que é a distribuidora e o estúdio por trás de Sonic atende em seus quadros de funcionários um dos grupos que são de:
- Mulheres
- Grupo racial ou étnico
- LGBTQ+
- Pessoas com deficiências cognitivas ou físicas, ou que são surdas ou com deficiência auditiva
Todos os estúdios de Hollywood cumprem este critério, tornando impossível não ter esses programas ou até mesmo dentro da produção técnica dos próprios filmes. Infelizmente, o Google divulgou a notícia, alcançando milhares de pessoas através da ferramenta Google Discovery (na qual, aparentemente, a maioria dos sites legítimos foi banida desde 2023), presente em todos os celulares com sistema Android no mundo.
Devido a isso, muitos comentários surgiram nas redes sociais criticando a representatividade no Oscar. No entanto, os padrões para que o filme fosse elegível foram atendidos apenas pelos funcionários da Paramount, além da necessidade de uma janela de lançamento específica.