Sara Pichelli, reconhecida como uma das quadrinistas internacionais mais talentosas da história recente, tem muitos motivos profissionais para se orgulhar. Entre seus maiores feitos está a co-criação de Miles Morales para a linha Ultimate Spider-Man. No entanto, o orgulho artístico contrasta com uma realidade financeira frustrante: a criadora afirma jamais ter visto dinheiro extra pela exploração massiva do personagem.
A criação de Pichelli transcendeu as páginas das HQs para se tornar um império do entretenimento. Miles Morales é a estrela da franquia cinematográfica “Aranhaverso“, cujos dois primeiros filmes somados arrecadaram mais de US$ 1 bilhão em bilheteria global.
Além das telonas, o herói é protagonista nos videogames. O jogo “Marvel’s Spider-Man: Miles Morales“, da Sony, vendeu milhões de cópias mundialmente, sem contar a vasta linha de brinquedos e licenciamento que movimenta cifras astronômicas anualmente.

Miles Morales rende bilhões menos a sua criadora
Apesar de o personagem ser uma mina de ouro para a Marvel e para a Sony, Pichelli jamais viu a cor desse dinheiro gerado fora dos quadrinhos. A situação expõe a complexa relação de direitos autorais na indústria.
Perguntada recentemente se recebeu algum valor por sua criação após o personagem atingir o estrelato global, a quadrinista foi direta e irônica sobre a situação: “Quem dera! Nem fala… Eu estaria bilionária”.
A declaração foi dada em resposta ao perfil Jamesons no Twitter, voltado para fãs da Marvel. Ao ser questionada sobre a injustiça da situação, ela completou com um desabafo sincero: “Pois é, mas não ganho nada. E essa é a parte mais triste da minha vida”.



