Você pode não ter feito essa associação de imediato, mas a franquia de jogos Grand Theft Auto (GTA) pode ter sido uma das inspirações inusitadas para o novo sucesso de ficção científica da Apple TV, Pluribus.
Para quem ainda não conhece a trama, a série é a nova aposta de Vince Gilligan (criador de Breaking Bad) e é estrelada pela brilhante Rhea Seehorn (a eterna Kim Wexler). Ela vive Carol Sturka, uma mulher isolada em um mundo onde um vírus misterioso dominou a sociedade, transformando todas as pessoas em uma espécie de “colmeia” perpetuamente feliz e pacífica.

Mas o que isso tem a ver com GTA? Para muitos fãs e teóricos, a humanidade na série se comporta exatamente como NPCs (personagens não jogáveis) de um videogame, enquanto Carol seria a única “personagem jogável” restante. Essa dinâmica levanta a hipótese perturbadora de que eles podem estar vivendo em uma simulação, onde Carol é a protagonista controlada por um “jogador” externo.
Carol é uma das raras pessoas imunes ao vírus, tendo apenas Manousos (Carlos-Manuel Vesga) como um igual que compartilha de sua visão de mundo. Desde a estreia, teorias inundaram a internet, questionando desde a origem da mente coletiva até a possibilidade de uma cura.

O produtor executivo Gordon Smith comentou sobre a comparação viral: “Alguém me disse que achava que a série era parecida com Grand Theft Auto, e eu respondi: ‘Ah, claro! Ok'”. Ao ser questionado sobre a semelhança, Smith elaborou: “Eu simplesmente pensei: ‘Ok, isso é muito legal, você tem uma maneira de pensar sobre isso em termos de se entregar ao mundo e brincar com o mundo de uma certa forma'”.
O próprio Vince Gilligan acrescentou lenha à fogueira, validando a sensação de liberdade caótica da protagonista: “Acho que é verdade! Você dirige como quer porque os policiais [ou o sistema] estão tentando te pegar no Grand Theft Auto e você simplesmente faz o que precisa fazer”.



