Uma das sequências de jogos mais marcantes, principalmente para os fãs de super-heróis, no mercado de jogos de vídeo game é a franquia, produzida pela Rocksteady e pela Warner Brós Games Montreál, Batman Arkham. Uma sequecia de jogos que conta histórias diversas de um dos universos mais ricos dos quadrinhos do mundo pop, o universo do batman. Esta franquia engloba os principais Batman Arkham Asylum (2009), Arkham City (2011), Arkham Origins Arkham Knight (2015), bem como alguns derivados para android e IOS e DLCs (downloadable content).
Explosão de Arkham Asylum
Todo esse sucesso advém de uma grande aceitação pela crítica e pelo público do primeiro game da franquia, uma vez que Asylum trouxe uma série de novidades na jogabilidade, na história e na forma aprofundada que o universo dos quadrinhos foi mostrado. Podemos perceber tudo isso de cara na intro do jogo, que traz um clima bem mais pesado e sombrio, além de um toque aventuresco, na qual mostra o Homem-morcego adentrando o manicômio de Gotham com o famigerado Coringa.
Com o passar da trama começamos a ficar bem mais angustiados com as partes em stealth (estilo sorrateiro), em que o jogador precisa utilizar de toda instrumentária do batman no combate a criminosos capazes de te matar com poucos tiros, e bem mais curiosos com quais vilões deveriam nos preocupar. Além disso, o próprio jogo brinca um pouco com sua angustia ao enfrentar alguns vilões como o Crocodilo e o Espantalho, porque, principalmente no caso do espantalho, ficamos meio perdido ao sermos transportados para uma batalha no inconsciente de Bruce Wayne, e, quanto ao crocodilo, acaba sendo uma apreensão não poder fazer movimentos muito bruscos ao andar em tábuas por cima do esgoto.
O jogo continua com inovações com a sua jogabilidade, uma vez que as lutas acabam se tornando mais fluidas e divertidas – ao apertar de um ou dois botões, batman defende e ataque diversos inimigos dentro de um cenário – além de poder controlar em primeira pessoa um baterangue para solucionar puzzles. Outra coisa bem legal do jogo são esses puzzles que acabam quebrando com a monotonia e a repetição, ou seja, não fica naquela de só bater em capangas e passar de fase, além de introduzir um vilão icônico, o Charada, que espalhou inúmeros quebra-cabeças ao longo do mapa (eu sinceramente, mesmo depois de zerar duas vezes, não consegui encontrar todos).
A continuação que superou o original
Depois do enorme sucesso de Asylum, a Rocksteady tinha um abacate nas mãos: a missão quase impossível na época de fazer um jogo melhor que o seu antecessor; e (spoiler) eles conseguiram. Arkham city foi lançado em 18 de outubro de 2011 para Xbox 360 e Playstation 3 e 22 de novembro para PC e trouxe uma nova história do universo do Batman, além de um cenário bem maior e mais detalhado do que o primeiro jogo da série.
Mesmo com praticamente a mesma jogabilidade do Asylum – que configurava lutas com muitos capangas e pular em gárgulas na parte stelth, City consegue expandir ainda mais a sensação de estar na pele do justiceiro morcego. Isso porque, agora o jogador pode combater o crime dentro dos becos da cidade de arkham – criada justamente para abrigar os piores prisioneiros de Gotham – e planar sobre a cidade procurando charadas e easter eggs.
Além disso, muitos outros vilões foram introduzidos de uma maneira que ficassem espalhados pelo cenário sempre a espreita, por isso durante a jogatina tinha-se uma sensação de estar sendo observado. Dentre esses vilões, estavam o Mr. Freeze (que não era parecido com o Arnold Schwarzenegger, ainda bem!) que trouxe uma luta bem mais stealth, o pinguim, o Duas-caras (bem no inicio do jogo), Victor Zsasz, Solomon Grundy, Dead Shot, Cara de Barro, Bane, Arlequina, Hugo Strange (principal vilão) e diversos outros. Nessa mesma lógica de expansão, Arkham city conseguiu trazer novos personagens jogáveis, como a mulher gato e Tim Drake (Robin), o que era bem legal, porque seus estilos de luta eram bem diferentes do morcegão.
Podemos, assim, imaginar o motivo pelo qual o sucesso desse game foi tão grande, tendo em vista que Arkham city – com o ponta pé inicial de seu antecessor – fez o que todo fã do Bátima sempre sonhou que tivesse no cinema ou em outras mídias: uma exploração profunda e dinâmica de todo o universo do homem-morcego.
Um terceiro jogo nem tão popular
Batman: Arkham origins foi desenvolvido pela Warner Bros Montreal, publicado pela Warner Bros Interactive Enterntainment e lançado em 25 de outubro de 2013. Se por um lado Arkham city e Arkham asylum foram bem recebidos pelo público e crítica, o terceiro game da franquia não teve o mesmo sucesso.
Diversos fatores fizeram com que Origins não fosse tão aclamado pela critica, um deles é que a própria história era contraditória, uma vez que seus instrumentos e suas habilidades contestavam sua fase de iniciante, já que se passa numa época em que o cavaleiro das trevas estava começando sua carreira (era noob). Outra coisa, a maioria dos jogadores entendeu como um jogo quase que inteiramente copiado do Arkham city, porque a jogabilidade era a mesma e até a movimentação do personagem (voar pela cidade e pular nos prédios), além da cidade, Gotham, que não apresentavam vida aparente, a não ser grupos de baderneiros espalhados aleatoriamente. Fatores que acabaram deixando o jogo repetitivo e nem um pouco inovador.
Apesar desses erros, o game apresentou uma história intrigante, com o inicio de vilões ainda não mostrados nos jogos anteriores, como Deathstroke (exterminador), Black Mask, Firefly e Lady Shiva. Vilões que aparentemente tinham um nível bem grande de dificuldade e introduziam grandes lutas corpo-a-corpo, com destaque ao Slade Wilson (Deathstroke) que conseguiu impor uma luta frenética. Além disso, deve se ressaltar a mecânica do jogo bem simples e fluida, alternando entre partes de pura luta com diversos inimigos e partes sorrateiras com atiradores (as gárgulas nunca foram tão amigas nessas partes)
Final Épico para uma saga épica
Após o fracasso do “Batman: Arkham Origins”, a Warner Bros resolveu devolver a franquia para as mãos de quem sabia inovar; enfim a Rocksteady voltou com o desenvolvimento do que seria a conclusão da saga Arkham, Batman: Arkham Knight. O game foi lançado mundialmente para Playstation 4, Xbox one e pc no dia 23 de junho de 2015 como primeiro jogo classificado para maiores de 17 anos da série e, como de costume nos jogos da Rocksteady, explodiu a cabeça das pessoas de tantas novidades.
Arkham Knight foi o jogo que trouxe e ainda traz – lançamento de diveras dlcs – um novo folego para a franquia, sendo que seu antecessor não tinha se saído muito bem nesse desafio. A primeira revolução foi o tamanho do mapa e a forma de jogo aberto no qual o jogador entrava totalmente na fantasia de ser o justiceiro da noite e combater o crime em seu batmóvel. Aliás, esse carrão fez muitos fãs da franquia enlouquecerem antes mesmo do lançamento do jogo, e não é exagero porque, além de andar pela cidade e atirar em bandidos (com bala de borracha, claro!), tinham diversas fases feitas pelo charada que trazia corridas e desafios e pelo vilão Arkham night que distribuía tanques de guerra a serem enfrentados pelo batmóvel junto do seu motorista.
Além do batmóvel, uma história bem mais instigadora a surpreendente foi mostrada; tinham novos capangas, um vilão misterioso (nem tão misterioso para quem lê quadrinhos) que deu nome ao jogo e a volta de outros também bem conhecidos, como o charada, pinguim, duas caras, espantalho, entre outros. Outra coisa bem legal foi a forma como o coringa foi introduzido que, mesmo estando morto (spoiler) desde Arkham city, teve uma grande influencia na história, chegando a ser um personagem jogável em uma parte do game.
Falando em personagens jogáveis, outro mecânica bem legal do jogo era a participação de certos heróis secundários que ajudaram o Batman em algumas fases; uma forma nova de luta coop com a máquina, em que vc trocava de personagem quando desse combos de golpes. Tinham algumas missões contra o pinguim, por exemplo, que o jogador recebia a ajuda do Asa noturna (antigo Robin Dick Grayson) e ele mesmo podia alternar na luta entre o Batman e o Dick Grayson. Outras inovações na mecânica foram os novos combos de golpes, as novas skills do batman que evoluíam com o gameplay, a maneira de evoluir o batmóvel e as novas bat-bugigangas feitas para cada situação do game.
Jogos que marcaram época
Sem duvida que a franquia “Batman: Arkham” marcou toda uma geração de gamers, que há muito tempo esperavam um jogo sobre super-heróis com tamanha profundidade no universo dos quadrinhos e ainda fosse divertido para o jogador, sobretudo porque o último game de super herói que fez um pouco de sucesso foi homem-aranha 2. A Rocksteady desenvolveu uma obra prima dos games, uma vez que a riqueza nos detalhes é enorme – das cidades, dos personagens e do level design – bem como, uma jogabilidade bem fluida que trouxe horas incansáveis de gameplay. Entretanto, para a tristeza de todos, a desenvolvedora já adiantou que Arkham night é o ultimo jogo da franquia, como finalização desse arco de histórias Arkham. Agora só nos resta pedir para que os rumores estejam certos sobre um novo game produzido pela Rocksteady sobre a liga da justiça, e para que seja um game no nível dessa franquia.