Uma das séries mais esperadas de 2016 é a volta de Demolidor. A Netflix concedeu ao CDL a oportunidade de assistir os sete primeiros episódios da segunda temporada, e caros, lhes afirmo que está INCRÍVEL! Não poderemos entrar em muitos detalhes, portanto, vamos fazer uma breve análise.
Justiceiro
Destaque da temporada, o Justiceiro de Jon Bernthal foi envolvente. Trouxe justificativas inteligentes para a brutalidade do personagem, que em diversos momentos, ficamos divididos entre razão e emoção. Apesar de ter mais fama pelo uso da violência, os diálogos do Justiceiro, principalmente aqueles entre ele e o Demolidor, são fantásticos e emocionantes. Os métodos de justiça do personagem não deixam a desejar, e a produção manteve um alto nível de pancadaria na segunda temporada. Em nenhum momento houve a intenção de fazer com que o personagem se passasse por vilão, o que deixou a série ainda mais interessante, pois nos força a escolher e refletir sobre qual das justificativas para se fazer justiça, é a mais correta.
Elektra
A Elektra de Elodie Yung é um tanto questionável em relação aos quadrinhos, mas fez uma boa aparição. Com certeza a personagem ainda será mais desenvolvida no final da temporada (lembrando que só assistimos sete episódios), mas o uso da sedução e da personalidade forte foram explorados. Ela e Matt possuem um passado quente, e agora, no presente, a ninja toma ações um tanto inesperadas para alcançar seus objetivos.
Foggy
Esse é o último personagem que eu vou avaliar separadamente. Interpretado por Elden Henson, o melhor amigo de Matt Murdock tem mais destaque nessa temporada. Apesar de manter o lado cômico do personagem, Foggy dá a palavra final em diversas decisões, principalmente a respeito da Nelson & Murdock, uma vez que Matt está muito ocupado com o Justiceiro e Elektra, o que nos mostra um lado mais sério do personagem. Em algumas cenas, o diálogo argumentativo do advogado é bem explorado, fazendo com que ele contorne diversos obstáculos impostos pelos adversários.
Um dos fatos interessantes dessa temporada é que temos narrativas paralelas acontecendo ao mesmo tempo. Em geral, são bem objetivas, o que fez com que a série não tenha ficado com diálogos desnecessários. Além disso, podemos notar influências de outras direções cinematográficas, como Birdman, no quesito de edição de cenas, e How to Get Away With Murder, nas cenas de tribunal. Será que rola um crossover? Falando nisso, a Netflix fez questão de enfatizar que Demolidor, apesar de fazer parte do universo Marvel, é uma produção da empresa de streaming. As referências da série são todas direcionadas as produções da casa.
Sobre o personagem principal, já na primeira temporada, Charlie Cox (Matt Murdock) me pareceu bem a vontade com o Homem sem Medo. Ele mantêm a boa atuação da primeira temporada, mas por ser uma narrativa diferente, podemos ver outros lados do personagem que não foram analisados anteriormente.
A continuação da série veio para mostrar o porquê da produção ser uma das melhores, se não a melhor, adaptação de super heróis da atualidade. Claramente a Netflix se mostrou mais uma vez efetiva, o que aumenta nossas expectativas para as próximas produções, como Luke Cage, season 2 de Jessica Jones, etc. Portanto, dia 18 de março, marque na agenda: tem maratona da segunda temporada de Demolidor.
Revisado por: Bruna Vieira.