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A DC passou por uma reformulação em seus Novos 52 para atrair um novo público e modernizar sua editora, sem falar que conectar um pouco mais os quadrinhos com a postura de seus filmes, basta ver o exemplo Krypton dos Novos 52 que tem basicamente todos os elementos do filme do Homem de Aço, bem como o novo uniforme do Super Homem, apenas dois títulos não sofreram mudanças em sua continuidade: Lanterna Verde e Batman.
Porém, apesar dessas tentativas terem funcionado no início com boas vendas, logo se dissiparam devido a insatisfação perante as histórias e a caracterização dos personagens, mas a DC vendo isso não queria fazer um novo Reboot, pois perderia tantos os fãs antigos quanto os novos fieis aos Novos 52, ela então tentou um grande Reatcon (a mudança de parte do passado dos personagens), trazendo através de Rebirth uma tentativa de agradar os dois tipos de fãs da editora, adaptando o melhor dos dois mundos, pegando como atalho a nostalgia.
Esse atalho talvez seja um dos fatos mais marcantes de Rebirth, e trouxe a atenção de volta a DC, com a tentativa de fazer suas histórias mais próximas ao espírito delas antes do Reboot dos Novos 52.
O mais engraçado é que as duas editoras tomaram rumos opostos em suas versões do cinema, talvez isso foi um grande fator para a criação dos Novos 52, mas foi um fator que não foi celebrado ou abraçado por grande parte dos leitores dos quadrinhos. Tendo em vista as criticas dos fãs e a queda das vendas, a DC tentou – como foi dito anteriormente – pegar na nostalgia dos personagens, o que até agora tem funcionado, temos o Super Homem pré Reboot retornando como o Super Homem atual, cuja morte de sua contra parte dos Novos 52 nem foi sentida ou entristeceu os fãs, mostrando que o personagem era totalmente descartável.
Temos o retorno da Mulher Maravilha tentando descobrir quem realmente é, renegando seu título de deusa da guerra, até mesmo questionando se era realmente filha de Zeus (um conceito introduzido nos Novos 52), ou seja, mais uma vez talvez o passado do personagem seja reformulado.
O Flash Wally West retorna, ele foi talvez um dos grandes símbolos da editora, sua personalidade foi mesclada com a de Berry Allen tanto nos Novos 52 quanto na sua contra parte da série de TV, mostrando que ele foi talvez o melhor Flash para a grande maioria, o seu retorno foi o responsável pelas mudanças de Rebirth.
O Arqueiro Verde retornou a suas origens, já que seu passado tinha sido modificado nos Novos 52 para ficar mais parecido com a série de TV, deixando de lado seu relacionamento com a Canário Negro e seus ideais sociais, coisa que o Rebirth trouxe de volta ao personagem.
Em suma, o Renascimento da DC tenta trazer o status quo que foi modificado no Reboot e focar no heroísmo e triunfo, coisa que aparentemente vai ser modificada na sua contra parte dos filmes no anúncio de Geoff Johns como chefe da divisão de cinema e que também foi responsável pela reformulação desse Renascimento nos quadrinhos.
Tirando os três coringas e a inclusão do universo de Watchmen para a DC, todas as outras notícias só tem animado os leitores, que tem até agora recebido boas histórias com os personagens e tem aceitado com otimismo as mudanças desse Renascimento, que aconteceu focando na dinâmica entre os personagens e não focando em uma mega saga contra um inimigo comum (como a maioria dessas reformulações fazem).
Enquanto a Marvel foca em seus quadrinhos, em reviravoltas polêmicas e cinismo, a DC nos quadrinhos tenta pegar aquilo que é a base de seus fãs pelos personagens, que é o seu amor por eles.