Uma das maiores felicidades de um fã é saber que seu personagem preferido vai retornar às telonas. Quando a Disney anunciou que faria um filme solo de umas das personagens mais queridas dos filmes infantis, a geração de 90 e a atual ficaram eufóricas e já começaram a contagem regressiva para o lançamento de Procurando Dory. Pois bem, 2016 chegou, e a Disney/Pixar conseguiu honrar o legado deixado por Procurando Nemo e nos trouxe um filme divertido e nostálgico, para aqueles que viram a Dory pela primeira vez em 2003.
Procurando Dory traz a história da peixinha azul em busca de sua família. Sim, ela se lembrou que tinha uma família. Lembrou também que esse era um de seus maiores medos, esquecer de seus pais, e nos lembrou a importância de aceitar as diferenças e os verdadeiros pilares da amizade.
Se você já gostava da Dory, vai ficar completamente apaixonado ao vê-la criança. É a coisa mais fofa de olhos gigantes que vocês vão ver. Além disso, seus pais, Charlie e Jenny, são os seres mais pacientes do oceano, afinal, educar uma filha que sofre de perda de memória recente é bem complicado. Aliás, o filme nos mostra que bastante gente sabe que a Dory sofre desse pequeno problema.
Ao convencer Marlin da importância de encontrar sua família, o trio parte novamente para uma grande aventura nos mares, onde nós podemos matar as saudades de personagens queridos e conhecer novos. Obviamente, Dory em sua despreocupação com o mundo, coloca Nemo e o pai em diversas confusões e perigos, mas que com o jeitinho dela, sempre se resolvem. Os gigantes de Procurando Dory não são tubarões, mas sim, as baleias. Destiny, amiga de longa data de Dory (que claro, ela não se lembrava) e Bailey, uma esnobe beluga homossexual. Se já não bastasse ser um filme da Dory, ele ainda é cheio de representatividade. Obrigada, Disney/Pixar.
Temos também o polvo Hank, que em um primeiro momento tenta se aproveitar dos esquecimentos frequentes da peixinha azul para atingir seu objetivo. Mas ao passar menos de um dia com a Dory e ver a pureza dela, ele começa a segui-la até o final de sua jornada. Com aparições pequenas, os leões marinhos Rudder e Fluke acrescentam o tom divertido do longa.
Não podemos deixar de mencionar aqui o excelente trabalho da equipe de dublagem. Como o principal objetivo do filme é fazer rir, eles utilizaram onde podiam gírias, nomes e vozes marcantes do Brasil. Além disso, a Disney repete novamente o excelente cenário que nos leva diretamente para o fundo do oceano.
Nos quesitos técnicos, o filme se mantém no padrão Disney/Pixar, as cores são incríveis, a trilha sonora também não deixa a desejar e se encaixa de maneira excelente, destaque para a cena em câmera lenta ao som de “Unforgettable” (Nat King Cole) que, com certeza fará com que o público nerd se lembre da icônica cena da morte do Comediante em “Watchmen”. Outro destaque é o humor do filme despretensioso e bem pastelão, fazendo um ótimo contraponto ao drama presente em outros momentos da trama. O longa ainda explica a origem da música Continue a nadar, onde Dory aprendeu a falar “baileiês”, os lugares por onde ela passou antes de encontrar Marlin e os esforços de seus pais para que ela um dia voltasse para casa.
Como sempre a Disney traz uma mensagem adulta por trás do universo infantil, a mensagem de Procurando Dory que fica para os mais grandinhos é a de aceitação. Dory é uma personagem que sabe das limitações que tem, porém não deixa que as mesmas a dominem e muito menos choraminga por conta delas, até nos momentos mais tristes Dory levanta a cabeça e não deixa de lutar para ultrapassar seus limites. Não importa o quão diferente você pareça ser, o amor de seus amigos e de sua família sempre vão te mostrar o caminho de volta para casa, mesmo que não seja o de onde você veio. E agora, o novo lema é: caso você tenha um problema e não saiba como resolver, se pergunte, “O que a Dory faria?”.
Procurando Dory é mais um excelente trabalho da Disney/Pixar e entretém do inicio ao fim, mesmo antes de começar, pois a abertura com o Curta “Piper” já faz valer o ingresso.
Procurando Dory estreia dia 30 de junho.
Crítica escrita por: Daniele Soares e Tati Perry.
Revisado por: Bruna Vieira.