O filme conta a história épica de Judah Ben-Hur (Jack Huston), um príncipe de Jerusalém, que foi injustamente acusado por seu irmão adotivo, Messala Severo (Tobby Kebell), um oficial do exército Romano. Condenado a passar o resto de sua vida como escravo de Roma, afastado de sua família e de sua amada, Ben-Hur desiste de toda e qualquer esperança, conformando-se com sua atual realidade. Após anos, milagrosamente, Judah sobrevive à tortura e a escravidão, voltando então para a sua terra natal movido pelo desejo de vingança.
“Ben-Hur” (2016) carrega o grande peso da expectativa – e descrença – de uma nova adaptação cinematográfica de um filme bem-sucedido – (“Ben-Hur”,1959), que gerou um recorde de 11 Oscars; este se mantém após cinco décadas. A nova versão, dirigida por Timur Bekmambetov, passa o seu recado através dos detalhes e cumpre muito bem o requisito de efeitos visuais. O filme consegue passar pela história de Jesus Cristo (Rodrigo Santoro), sem desviar do seu tema central, ao mesmo tempo que aprofunda o seu sermão no decorrer da trama.
O Jesus desse Ben Hur é um homem comum que faz sua mensagem ser ainda mais potente, e é somente nesses momentos que o diretor parece abrir mão das cenas rápidas, Jesus traz uma calmaria e uma pausa no frenesi. Infelizmente, Bekmambetov não equilibra muito bem as passagens com Cristo e toda a violência da história dos irmãos, parece sempre haver um desequilíbrio entres esses núcleos.
Apesar da grande responsabilidade e do medo dos críticos, o filme já conta com “estrelinhas” a seu favor, afinal as espetaculares corridas de bigas, agora, podem ser vistas em 3D. Os efeitos visuais não deixam a desejar, o filme tem uma ótima fotografia, e apesar de se tratar de uma nova adaptação, deixa claro, uma perspectiva própria.
O filme pode não ser o mais novo sucesso da Academia, mas ainda sim, é um bom filme, e cumpre seu papel. Um grande clássico do cinema, agora com uma versão renovada e mais vigorosa, repleta de mensagens boas de amor e honra, que trazem uma ótima reflexão. Os que apreciaram o clássico provavelmente também vão aprovar a nova versão. Recomendado.
Ben-Hur estreia amanhã nos cinemas.
Essa crítica foi escrita com a grande colaboração da estudante de comunicação social Natália Espinola.
Revisado por: Bruna Vieira.