A trilogia nos apresentam crianças absurdamente únicas. E com esses personagens, momentos absolutamente ímpares. Selecionei, as melhores passagens dos livros, claro que vou tentar escrever sem muito spoiler. Espero que vocês aproveitem esse segundo post dessa semana peculiarmente especial.
Meu primeiro momento favorito é quando a Srta. Peregrine “rebobina” o tempo, no primeiro livro.
Cerrei os dentes, fechei os olhos e prendi a respiração, mas, em vez do estrondo ensurdecedor para o qual estava preparado, tudo caiu em um absoluto e completo silêncio. De repente, não havia mais o ronco de motores nem o silvo de bombas, nem o pipocar distante de armas. Era como se alguém tivesse emudecido o mundo.
Será que eu estava morto?
Descobri a cabeça e virei-me devagar para olhar às minhas costas. Os galhos das árvores envergados pelo vento tinha sido imobilizados. O céu era uma foto estática de chamas lambendo um grupo de nuvens imóveis. Gotas de chuva estavam suspensas no ar, em formas ovais perfeitas diante dos meus olhos. E no meio do círculo de crianças, como o objeto de algum ritual arcano, uma bomba pairava no ar, seu bico parecendo equilibrar-se na ponta do dedo esticado de Adam.
Embora eu não tenha gostado muito do filme, algo que falarei mais para frente nessa semana, eu realmente gostei muito dessa parte nele. foi exatamente como eu havia imaginado. Para quem não entendeu a referência no fim da citação. O dedo de Adam, que o Rasom Riggs faz alusão a essa imagem abaixo, quase nem um pouco conhecida:
Essa pintura está localizada na capela sistina e foi pintada por Michelangelo.
Meu próximo momento favorito é quando Jacob descobre qual é a sua peculiaridade:
Ele podia ver os monstros. No momento em que ela disse isso, todos os horrores que eu acreditava ter deixado para trás voltaram numa enxurrada. eles eram reais. Eram reais e tinham matado meu avô
Essa parte do filme é quando Jacob descobre tanto sua habilidade quanto que não estava nem nunca esteve louco, que um monstro realmente matou seu avô.
O segundo livro, Cidade dos Etéreos, é quando Jacob se conscientiza de sua importância para o grupo de peculiares, e passamos a conhecer mais sobre a peculiaridade de Jacob a medida que ele a desenvolve. Em um determinado momento ele comenta:
Eu estava ali por um motivo. Havia algo que eu precisava fazer, não apenas ser; e não era fugir ou me esconder, muito menos desistir no instante em que as coisas começassem a parecer aterrorizantes e impossíveis.
Mas não só de tristezas que são feitas o livro, uma das partes mais engraçadas foi quando Olive, a menina mais leve que o ar, fez o seguinte comentário:
– Eu já era mais leve que o ar no instante em que nasci – Comentou Olive, com orgulho. – Saí da barriga da minha mãe e fui flutuando para o teto do hospital! A única coisa que me impediu de sair pela janela e subir até as nuvens foi o cordão umbilical. Dizem que o médico desmaiou de choque!
O último livro, Biblioteca de almas, é cheio de frases que podemos levar para a vida, e as minhas favoritas são:
Um oportunista disfarçado de amigo pode ser tão perigoso quanto um inimigo declarado.
Todos temos prazo de validade. Se eu fosse vocês, não teria pressa para descobrir qual é
E para aqueles que tem dúvidas sobre comprar ou não “Contos Peculiares”, Jacob nos responde:
Apenas uma história. Mas nunca era apenas uma história. Isso tinha se tornado uma das verdades definidoras da minha vida, pois por mais que eu tentasse manter as histórias aplanadas, bidimensionais, presas em papel e tinta, sempre haveria aquelas que se recusavam a ficar restritas ao interior dos livros. Eu sabia: uma história tinha engolido toda a minha vida.
Fiquem conectados ao Cabana do Leitor nessa semana peculiar! 😉
Revisado por: Bruna Vieira.