Apesar de sua 18ª edição ser mais curta – com apenas 11 dias – e contar com menos títulos, o Festival do Rio não altera sua qualidade, apresentando atrações internacionais de peso – como o vencedor da Palma de Ouro,“Eu, Daniel Blake” de Ken Loach. A Première Brasil, principal atração do festival, trouxe oito longas de ficção e seis documentários que competiram pelo Troféu Redentor, onde teve como o grande vencedor o filme “Fala comigo”, de Felipe Sholl, sendo assim vencedor da 18ª edição do Festival do Rio.
Neste ano, a organização, priorizou os dramas humanos e apostou na combinação de diretores experientes com os estreantes em longa-metragem – como Felipe Sholl, “Fala comigo”; Erico Rassi, “Comeback”; José Luiz Villamarim, “Redemoinho” e Cristiane Oliveira, “Mulher do pai”.
Ainda que estreantes em longas, houve uma grande expectativa nas obras desses diretores. Villamarim, por exemplo, tornou-se um dos nomes mais consagrados da teledramaturgia depois de dirigir minisséries de grande sucesso como “Justiça”, “O rebu” e “Amores roubados”.
Outra atração que fora muito aguardada foi “Sob pressão”, de Andrucha Waddington, que aposta numa narrativa que retrata a caótica realidade de um hospital público do Rio de Janeiro. Já Paulo Paulo Machline – que foi indicado ao Oscar em 2001 pelo curta-metragem “Uma história de futebol” – trouxe a adaptação de “O filho eterno”, de Cristóvão Tezza. A trama descreve os sentimentos conflitantes de um pai cujo filho tem Síndrome de Down e seus desafios para encontrar a essência da paternidade.
Em uma das mostras mais disputadas do país, o Festival apostou em uma programação segura, com nomes consagrados e grandes expectativa. Como o tema central das obras giram em torno das relações humanas, o Festival trouxe várias reflexões e discussões a respeito dessas relações, fazendo com que o público saia das salas de cinema com a sensação de “algo a mais”.
Revisado por: Bruna Vieira.