Dinheiro. Oportunidade. Pânico. Estas três palavras se encaixam para explicar a atual situação da DC no cinema.
O que fazer quando seus personagens classe C dão mais dinheiro do que seus ícones? Como recuperar anos de atraso e alcançar a concorrência, que parece rir de você a cada sucesso regular, enquanto eles lançam personagens de desconhecidos à populares?
Diante disso, a pressão feita pelos fãs é colocada em segundo plano.
Muito embora tenha feito uma bilheteria menor do que Batman vs Superman, Esquadrão Suicida é considerado mais rentável se compararmos os personagens envolvidos. U$ 745 milhões dos vilãozinhos contra U$ 873 milhões da grandiosíssima Trindade. A comparação faz com que os quase U$ 130 milhões de dólares a mais de Batman vs Superman se pareçam nada.
Além do dinheiro envolvido, o que faz com que derivados do Pistoleiro e da Arlequina saiam do papel também, tem a ver com o fator audiência. A geração atual prefere filmes mais descontraídos, tais como os filmes da Marvel, Deadpool ou até o próprio Esquadrão Suicida. Filmes como o do Pistoleiro ou o da Arlequina, a princípio, são filmes baratos e que os fãs não devem ficar muito em cima, tirando peso do estúdio e dos envolvidos.
Portanto, a DC está pegando seus personagens de menos peso e os lançando para cativar o público atual. Por exemplo, hoje, temos a certeza de que um filme da Arlequina seria muito mais popular do que um filme do Shazam, embora este último seja muito aguardado pelos fãs.
Enquanto a Marvel já está fazendo seu público no cinema há mais de dez anos, a DC corre atrás do atraso em apenas três anos, e na fome por gerar os mesmos altos lucros da concorrência, está se rendendo a fazer os filmes que a audiência maior quer, e não o que os fãs dos quadrinhos querem. Afinal, cinema é dinheiro.
Revisado por: Raquel Moscardini