Alien Convenat, a sequência direta de Prometheus, busca finalmente mostrar a origem da criação do Xenomorfo, e tenta responder as dúvidas deixadas no filme anterior. Retornando a direção da franquia Ridley Scott trouxe de volta a criatura Alien aos cinemas, após a decepção de grande parte dos fãs com Prometheus. Agora a missão é tentar focar no Alien e na criação de sua mitologia.
Leia a primeira crítica do filme Alien Covenant
A história começa com a nave Convenant em missão de encontrar um planeta habitável para ser colonizado pela tripulação. Enquanto todos estão em sono criogênico, o androide Walter (interpretado por Michael Fassbender) gerencia a nave e cuida da segurança dos passageiros. Após uma tempestade atingir a nave e deixar alguns mortos, a tripulação acorda e descobre um planeta habitável mais perto da rota e decide então explorá-lo.
O filme tenta voltar às origens do horror de Alien: O 8º Passageiro, mas peca em vários momentos se provando mais um filme pipoca, com bons efeitos especiais e fotografia, entretanto esquece de fazer a história ser coerente. O filme tenta passar que os personagens são cientistas sérios e acabam agindo como perfeitos amadores, estranho, porque Ridley Scott sabe trabalhar bem com filmes desse gênero, como Perdido em Marte e o próprio Alien.
Os personagens são bem fracos, como a personagem Daniels, vivida pela atriz Katherine Waterston (Animais Fantásticos e Onde Habitam), que tinha, talvez, a pretensão de seguir o legado de Sigourney Weaver como a protagonista forte da franquia, mas não consegue nem de perto ter o carisma de Ellen Ripley. Bons atores como James Franco (A Entrevista, 127 Horas) e Demian Bichir (Os Oito Odiados) infelizmente foram mal utilizados e jogados de qualquer maneira no filme. O melhor personagem do filme sem dúvidas, é de Michael Fassbender interpretando não só um personagem, mas dois androides distintos, o bondoso e simpático Walter, e David, o androide sobrevivente da nave Prometheus, sendo sinistro e egocêntrico, fazendo toda a trama se movimentar de novo.
Resta agora saber se essa franquia vai continuar viva no cinema, com planos para várias sequências (Ridley Scott planeja pelo menos 5 filmes), haja paciência para os fãs afinal, hoje em dia, com vários filmes pipocas fracos faturando bilhões, talvez não fosse interessante para o nosso querido Xenomorfo cair nessa mesmice.
Talvez o futuro do Alien devesse ser voltado para os jogos e outras mídias com roteiros mais bem elaborados, como Alien Isolation (jogo lançado em 2014), a franquia seria bem mais respeitada, coisa que parece ter se perdido no cinema.