Podemos começar com uma coisa simples, que todo fã do cabeça de teia vai se identificar assim que se sentar confortavelmente na cadeira para assistir a Spider-Man: Homecoming: O tema clássico do garoto super-herói, ecoando pelas paredes do cinema, com a abertura e o logo da Marvel aparecendo na tela, vão te fazer arrepiar.
Todos sabemos a origem dos poderes e que a história de Peter Parker já foi recontada inúmeras vezes e a partir de várias idades, agora com ele entrando no MCU, a Sony decidiu que seria desnecessário contar tudo desde o início (pela 3ª vez) e que o “amigo da vizinhança” seria mais bem representado se fosse aquele moleque que todos nós esperávamos(FINALMENTE!) e é lindo de se ver.
Neste novo filme que veio para fazer quase que um spinn-off do MCU nosso garoto é apresentado com 15 anos, em pleno Ensino Médio, com todas as pressões psicológicas que essa época tem e com as expectativas lá no teto após sua pequena participação na briga Team Stark x Team Cap de Guerra Civil.
Logo no início já temos uma amostra de como tudo será: temos literalmente um “diário” feito por Peter durante sua viagem para ajudar a “deter” Steve Rogers, incluindo a descoberta do novo uniforme, o encontro com todos aqueles super-heróis famosos, e toda aquela animação que já conhecíamos do filme anterior.
Tom Holland como Homem-Aranha trouxe uma coisa que precisávamos: aquele jeito moleque e divertido de ser, toda a magia e humor do personagem veio com tudo no filme, justamente pela maneira fácil e simples do ator entrar no personagem, Tom Holland realmente É o novo Homem Aranha.
Um ponto complicado no filme, e que já era evidenciado pelos pôsteres de divulgação, foi Tony Stark. A figura de Tony, obviamente, ajuda e muito no caráter cômico do filme, PORÉM, a presença dele vira uma muleta, você fica sempre esperando algum truque que Tony colocou no traje, ou que ele apareça pra tirar o aranha da enrascada que ele se meteu, e isso incomoda um pouco, porque afinal… Todos querem ver o garoto se virar não é?!
Zendaya como Michelle mal participa, mas me parece haver uma promessa de desenvolvimento da personagem, pois tem muita personalidade e um futuro intimamente entrelaçado com o de Peter. Já a personagem de Laura Harrier, Liz, que seria supostamente o par romântico de Peter, está mais para “objeto de desejo” e que não interage tanto assim com ele, mas se tornando importante para o conflito principal do filme (algo que todos esperavam, mas não que fosse da maneira que foi). Tia May foi mais usada para piadas que para propriamente tomar conta de Spider, mas fez com que o final fosse um dos mais engraçados do MCU.
O vilão, Abutre, é um espetáculo à parte. Os efeitos especiais favoreceram e muito a construção desse personagem, que foi bem apresentado, desenvolvido e pode ser usado futuramente(por favor Sony!!. Toda sua motivação é facilmente entendida pelos espectadores, e seu caminhar para se tornar um vilão tão “inumano” é apresentado nas telas.
Outra atração à parte foi Karen: a assistente do novo uniforme que Stark deu a Parker, que foi habilitada depois de seu amigo super hacker desabilitou um dos protocolos que Stark fez para limitar os poderes do traje (afinal, Parker é apenas uma criança certo? É… Não exatamente). Ela dá um certo upgrade nos poderes do aranha, e torna tudo mais “simples”, mas obviamente que isso não iria durar pra sempre, onde estaria a graça nisso?
Spider-Man: Homecoming parece ter dado um pontapé mais do que digno para o novo reboot do personagem, mas não entrou tanto assim no universo, ele rodeou os acontecimentos(começando logo após a invasão de Loki, passando por Guerra Civil, apresentando a antiga Torre Stark destruída, a nova reconstruída e vendida por Tony, o novo complexo dos Avengers e tudo o mais), mas não adentrou propriamente, sem fazer grandes mudanças nas linhas dos outros personagens. Depois dos 2 (Sim, D.O.I.S! Um no meio dos créditos e outro no fim), ficamos sabendo que paciência nem sempre é recompensada a altura, mas que mais do Spider vem por ai!.
O filme estréia na próxima Quinta, 6 de Julho.