A Rainha de Tearling é o primeiro livro de uma trilogia de mesmo nome, da escritora norte-americana, Erika Johansen, e promete abalar a estrutura de fãs de romances medievais como eu.
O início tudo é bem descrito, mas de uma forma cativante que nos deixa conectados o tempo todo sem nos cansar. Logo somos apresentados a Kelsea, a princesa herdeira de Tearling, que ainda criança foi exilada e escondida por sua mãe em algum lugar que ninguém pudesse encontrá-la. Sua mãe fez isso para que ela fosse treinada a ser uma boa governante para seu povo sem ser influenciada por governantes desonestos e que pensam apenas nos benefícios próprios. Nesse primeiro livro temos uma introdução da trilogia, pois somos apresentados aos reinos existentes, assim como os grupos, dentre os quais se destacam os Cadens (assassinos profissionais), a Igreja de Deus e o grupo dos ladrões, liderados pelo misterioso Fetcher. O livro levanta muitas questões, mas deixa a maior parte das respostas para os próximos.
Nós não somos arrematados a história dos últimos 19 anos de Kelsea, na verdade, a autora conta seu passado sutilmente, sem cansar o leitor, pelo contrário, ela nos faz querer saber mais, pois há muito mistério no passado da nova rainha de Tearling e sua mãe. Tudo começa com Kelsea já com 19 anos e que é resgatada pela Guarda da Rainha como fora combinado desde o nascimento de Kelsea, que ela deveria assumir seu trono, porém a nova rainha de Tearling não imaginava que, no meio do caminho, para tomar o que é seu por direito encontraria tantos obstáculos e inimigos que gostariam de ver sua ruína e sua morte antes de chegar ao seu destino final: Tearling.
Não bastando os percalços no meio caminho até Tearling, Kelsea ainda tem que suportar ver o sofrimento de seu povo que vive há anos sem esperança e ela se vê em uma missão praticamente impossível, mas não se deixa abalar e usa isso para adquirir força. Ela quer ser justa e leal para com seu povo, sua vontade é tão grande de ser uma boa governante, pois desde que chega a Tearling, ela só pensa em ser uma rainha digna para seu povo.
Kelsea não é uma protagonista bela, nem sofisticada e delicada como a safira Tear, uma joia muito poderosa que é repassada de geração em geração aos herdeiros do trono, mas Kelsea tem algo especial, ela é inteligente e esperta , mesmo tendo um bom coração, ela foi bem educada e treinada para cuidar de seu povo.
As partes que mais gosto em a Rainha de Tearling e me deixa muito ansiosa para o próximo livro da trilogia, não é apenas a Rainha Vermelha (toda vez que ela aparecia, eu a associava a rainha de copas do filme: Alice no País das maravilhas, rs), mas gosto muito da forma que ela vai conquistando as pessoas no meio do caminho. Kelsea demonstra o tempo todo merecer o título e vamos descobrindo porque ela é a Rainha de Tearling e acabamos desejando saber o que vai acontecer ainda, pois há muitas coisas para descobrir e muitos mistérios ainda para revelar.
O livro tem muita ação, cenários muito bem descritos, uma protagonista forte e determinada, uma vilã a altura, fantasia, amizades começando, um povo maltratado encontrando finalmente a esperança de dias melhores, alianças sendo formadas e muitas outras coisas.
Se você gosta de uma história que envolva briga pelo trono, intrigas e muitos inimigos, vai gostar de A Rainha de Tearling e suas 352 páginas muito bem escritas e envolventes, que te fazem se apaixonar pelo universo criado por Erika Johansen.