“Medo profundo” é uma produção envolta a muitas polêmicas, seja pelo seu lançamento vazado com seu título original, seja por ser uma produção dos até então intocáveis irmãos Weinstein, as irmãs Lisa (Mandy Moore) e Kate (Claire Holt) embarcam rumo ao México em um passeio de férias após a separação recente de Lisa.
O filme visivelmente tenta espelhar o Tubarão Clássico de Spielberg. Seja pela música, seja pelo clima de tensão e medo com os tubarões gigantescos.
Isso vai dando certo apesar de um início chato e com interesse muito baixo pelo drama de Lisa. O cenário é bem sufocante e passa bem o drama das irmãs na gaiola enferrujada. Mas o roteiro é lamentável pelo modo que praticamente te diz TUDO que vai acontecer ao longo do filme. Parece que foi uma criança iniciante em roteiros escrevendo. O que surpreende também é o fato do diretor ser o autor desse texto raso (sem trocadilho). Como se não fosse o bastante, o filme ainda vai de encontro a tendência politizada de protagonistas femininas que seguem um mesmo padrão de personagem, no qual temos uma Lisa apática, infantil e totalmente irreal, vide toda situação desgraçada que acontece (chega a dar raiva de tais atitudes). Kate não fica atrás com atitudes beirando o ridículo.
Em uma época de padrões sendo impostos, no qual o mercado está cada vez maior para produções de filmes de tubarões, sem sombra de dúvidas, apesar de passar o clima de pânico e terror, “Medo profundo” não se aprofunda em nada e além disso, com um roteiro próximo do medíocre é um filme bem abaixo da média e não fosse o sucesso de bilheterias internacionais ou a demanda de público e uma provável sequência, deve ficar assim como os produtores do filme, enterrados no fundo do mar.