Orquestra Sinfônica Brasileira homenageia o compositor John Williams em concerto especial pra fãs de cinema.
Na última terça-feira (11), o Theatro Municipal do Rio de Janeiro se assemelhava a uma sala de cinema. O motivo? John Williams, um dos maiores compositores de trilhas sonoras estava sendo homenageado e a cada melodia executada pela Orquestra Sinfônica Brasileira, o público que lotava o Theatro reconhecia carinhosamente os filmes aos quais elas pertenciam.
Esse mesmo público, composto de diferentes idades e que aplaudia fervorosamente ao final de cada trilha, só reforçava o quanto a música é uma das partes essenciais da identidade de um filme ou de um personagem – e da memória afetiva desse público.
Ao ler o programa do concerto, é bem possível que uma ou mais melodias tenham surgido sem dificuldade na memória de alguns e consequentemente tenha sido associada à alguma cena ou ao personagem que a acompanha. Ou talvez, é bem possível também que alguns até tenham se surpreendido com alguma trilha do qual não fazia ideia de que John Williams tenha sido o compositor. Os temas de “Indiana Jones”, “Super Homem”, “Tubarão”, “E.T – O Extraterrestre” e “Star Wars” eram algumas das que foram regidas pelos maestros Lee Mills e Daniel Guedes nessa bela homenagem.
A grandiosidade de John Williams pode ser medida não só através de suas parcerias com os diretores Steven Spielberg e George Lucas, mas também através das indicações e a conquista de prêmios importantes pra indústria cinematográfica – somando 112 prêmios e 220 indicações. O compositor, por exemplo, é a segunda pessoa a mais ser indicada ao Oscar, perdendo apenas para Walt Disney. Sendo assim, é considerado um dos maiores compositores da história, não só pelo número de contribuições ou prêmios, mas principalmente por conta da popularidade e reconhecimento do público.
Exemplificando bem a relação afetiva que os fãs de cinema tem com as trilhas sonoras de John Williams, no último ato do show um cosplay de Darth Vader – um dos personagens mais famosos da saga “Star Wars”, talvez do cinema – e de dois soldados clones se juntam à execução da “Marcha Imperial”, tema do vilão. Se assistir a cena no filme, junto à música, já causa comoção e marca a presença do personagem, imagina assisti-la ao vivo?
O momento inusitado proporcionado no concerto foi uma emoção a mais pro público, que já estava completamente envolvido com as músicas.
E embora algumas trilhas tão famosas quanto não tenham feito parte do programa desse concerto, resta torcer pra que outros aconteçam e que não só o público possa vivenciar mais momentos memoráveis como os de terça-feira mas também continuar prestigiando a música clássica.