A pior parte do fim de um relacionamento intenso onde as duas pessoas se amaram, mas também se machucaram na mesma proporção é primeiro aceitar que acabou e que muitas vezes é preciso encontrar um caminho para seguir sozinho. O segundo é o perdão, perdoar a si mesmo por ter feito o possível e o impossível e, ainda assim, não ter sido o suficiente. Perdoar-se por agir de determinada maneira em dado momento no calor da emoção ou até mesmo por não ter agido no momento certo. Perdoar pelo excesso ou pela falta de atenção, de carinho, de cuidado, de paciência…E se eu tivesse agido de outro jeito? Teria sido diferente? A resposta é que teria sido exatamente igual ou pior, então perdoe-se!
É preciso perdoar o outro pelas suas escolhas que, nem sempre, condizem com as nossas vontades. Perdoar pela dor que sentimos e entender que não somos idiotas por senti-la, somos simplesmente humanos. Perdoar pela dor que causamos ao outro, mesmo que sem querer, aliás, nós temos uma mania feia de sempre achar que a nossa dor é maior, nos fazendo de vítimas de uma situação onde o outro é sempre o vilão e com o tempo, a gente aprende que não é bem assim. Simplesmente a nossa dor é do tamanho suficiente para o nosso aprendizado e, por mais que ela pareça insuportável um dia passa.
A vida não tem replay pra gente consertar o que fez de errado e é preciso seguir em frente aceitando que o fato de desistir de quem você ama não significa mais ou menos amor e sim que é preciso ter coragem e força para entender que por mais que algumas pessoas estejam destinadas a se apaixonarem elas podem não estar destinadas a viverem juntas para o resto da vida e que nem todo mundo é maduro o suficiente ou está preparado para viver um amor, talvez você também não esteja, admita isso e o resto fica bem mais fácil. Por fim, é preciso aceitar que se o maldito timing não bateu ao mesmo tempo para os dois, é preciso seguir em busca de outras oportunidades e que o melhor lugar para encontrar a felicidade é dentro de si mesmo.