O Dia dos Namorados é uma data muito importante, pois simboliza a magnitude de toda forma de amor ao próximo. É uma reverência ao amor que muitas vezes se esconde em nós e acabamos não demonstrando. Em contrapartida, a data provoca muitas demonstrações de afeto entre parceiros, e amor é para isso mesmo: ser expressado.
Aqui no Brasil, a forma de amor mais comemorada é entre os casados e namorados, mas em muitos lugares do mundo a data contempla qualquer tipo de relação que tem o amor crescente entre as pessoas, sejam elas amigos, pais e irmãos; ou até mesmo como uma reverência ao próprio amor em si, como um sentimento provedor das demais emoções.
Por aqui, o Dia dos Namorados comemora-se em 12 de junho devido a um frei português chamado Fernando de Bulhões, mais conhecido como Santo Antônio. Em sua retórica religiosa, ele pregava o valor do amor mútuo e do casamento, portanto foi canonizado como o Santo Casamenteiro. A celebração antecede o dia de sua canonização, que fora no dia 13 de junho, quando é celebrado realmente seu dia. Neste, é comum a realização de pedidos e simpatias, bem como promessas para Santo Antônio, pedindo uma relação duradoura e próspera para os amantes.
Nos Estados Unidos, a data é chamada de Valentine’s Day e é comemorada em 14 de fevereiro. Como o nome sugere, a celebração está associada a outro santo, São Valentim. Tendo sua vida e história sendo retratada na época da idade média, o bispo Valentim ficou conhecido por lutar contra a proibição do casamento para soldados combatentes. Esta proibição foi imposta pelo imperador Claúdio II sob alegação de que os combatentes lutavam melhor se fossem solteiros. Os soldados se casavam mesmo assim, mas foi Valentim quem se tornou mártir quando foi preso e condenado à morte.
Na época em que esteve na prisão, os que o apoiavam o parabenizavam pela luta, enviando cartas e flores – daí tradição que é símbolo do Dia dos Namorados. Valentim, enquanto aguardava sua morte, se apaixonou pela filha cega do carcereiro. Conta a história que devido ao seu amor por ela, o bispo conseguira o milagre de devolver-lhe a visão. Antes de sua execução, Valentim escreveu uma carta para sua amada na qual despejou todo seu amor através das palavras em uma despedida triste. Após o adeus, ele assinou como “Seu Valentim”. Valentim virou um mártir e, devido ao seu milagre, a igreja o canonizou, tornando-o um Santo.
No Japão, assim como os Estados Unidos, a data é comemorada também no dia 14 de fevereiro, mas fica restrita às mulheres. Nesta data, elas presenteiam os amantes com chocolates simbolizando o seu amor, sendo eles com um sabor específico para cada relação e no que ela abrange e significa para ambos. Já a comemoração dos homens acontece em 14 de março, quando é a vez deles presentearem as mulheres com chocolates sempre brancos. Esta data, inclusive, é conhecido como ‘’Dia Branco’’.
Na Argentina, a celebração se estende do dia 1 ao dia 7 de junho, conhecida como Semana de La Dulzura, ou pela tradução, Semana da Doçura. A comemoração surgiu no ano de 1989 quando uma empresa conseguiu aumentar suas vendas com uma jogada de marketing que sustentou o slogan ‘’Um doce por um Beijo’’. Hoje a prática é festejada por todos e movimenta a economia do país.
Apesar das diferentes datas e patronos, o que há em comum em todas as celebrações é o amor. Um sentimento tão complexo, que não abrange apenas o amado, mas a família, os amigos e até nós mesmos. Na verdade, não há dia para amar. O amor é celebrado no dia a dia como ele deve ser, não como sinônimo de presente, mas como sinônimo da magnitude e atemporalidade do sentimento em si.
O amor deve ser transmitido e todos em gestos, e muitas vezes é, mas há momento em que ele passa batido durante o cotidiano, escondido em nossos âmagos. Então corra e diga a quem você ama que ele é importante para ti e o quanto o ama, pois de nada vale sentir sua grandiosidade se o sentimento fica escondido em você mesmo.
O amor não expressado faz a pessoa adoecer, definhar, como uma rosa sem água no jardim profundo da alma. Então ame, mas manifeste.