Sabe aqueles filmes da Disney? Os que vieram antes da era dos heróis cheios de raio laser e explosões? Aqueles de princesas e passarinhos cantantes? Pois é, eles voltaram. E com toda a magia e encanto que um dia tiveram (e uma ajudinha do tal efeitos especiais).
A infância das crianças nascidas a partir dos anos 90 foi rodeada por desenhos das Disney, principalmente pelas lindas princesas. As meninas definiam seu caráter a partir da bondade e alegria da Cinderela, Branca de Neve e parceiras, e passaram a perceber que poderiam ser fortes, inteligentes e independentes também com elas, como o exemplo de Mulan, Elsa, e nossa queridinha da vez, Bela.
Ver um filme de A Bela e a Fera em live-action depois de anos assistindo a ele em desenhos, tinha tudo para ser bom, mas conseguiu ser melhor do que o esperado.
O filme musical, com toda a nostalgia que cenas idênticas ao desenho e músicas clássicas dos personagens, se manteve original ao se aprofundar em aspectos que antigamente eram meio incertos, como a mãe da Bela, o que aconteceria aos servos do castelo quando a rose morresse, e até mesmo desenvolvendo mais alguns personagens como o próprio pai de Bela e o fofo LeFeou.
O grande medo de todos era em como seriam desenvolvidos os personagens que “viraram” objetos e também como seria a versão final da Fera. Um medo infundado.
Os personagens são construídos de forma magistral, se apegar a eles é muito fácil e rápido, e eles te proporcionam cenas que enchem o coração de contentamento. A Fera é um caso à parte, com uma interpretação bem desenvolvida de Dan Stevens, surpreende toda a estrutura do animal , o rugido e os pelos longos, e tudo isso esconde tão bem a personalidade suave que, mesmo sabendo que ele é bonzinho, o público se pega sorrindo com as demonstrações claras do bom homem confuso que se esconde atrás daquela pele assustadora.
Além deles, um dos melhores personagens, sem dúvida, foi o “vilão” Gaston. Com o sorriso galanteador e o ego maior do que a pequena vila onde vivia. E a virada do personagem é tão brusca que o espectador até se sente um pouco triste de vê-lo assim tão… Mal.
Emma como Bela encantou, a voz pareceu encaixar bem nas músicas tão conhecidas e até clássicas para nós, e quem, como eu, é fã desta atriz que cresceu diante dos nossos olhos, sabe que a britânica é uma versão moderna da Bela dos desenhos, com seu livro na mão e sua determinação e força aparente no olhar.
Como já visto nos trailers antes, os efeitos, o cenário e os figurinos são maravilhosos, apesar de extensamente explorados, e te ambientam na época e na magia do filme. Tudo foi feito de forma tão suave e despretensiosa que mesmo com as névoas brilhantes de magia e os objetos cantando e dançando, a história parece extremamente crível. Apesar de talvez ser um filme que vá emocionar mais as meninas que assistiam incessantemente aos filmes das princesas, esse é um daqueles filmes que te entretêm.
Depois das lágrimas de contentamento que sabemos que foram derramadas durante o filme, tudo o que podemos dizer é: vão sem medo, sem preconceito e de peito aberto, pois o mundo das princesas espera vocês.