Akira é um mangá escrito e ilustrado por Katsuhiro Otomo, publicado de 1982 até 1990 pela editora Kodansha. Obra de ficção científica que revolucionou o estilo cyberpunk e fez com que os mangás e a cultura pop japonesa estourassem no Ocidente.
Em 1988 foi lançado o longa-metragem homônimo com roteiro também escrito por Otomo, que disseminou a história e fez com que a série ficasse mundialmente conhecida.
Com seis volumes lançados, a Editora JBC os traz exclusivamente para o Brasil. O primeiro encadernado já foi lançado e se encontra à venda em lojas especializadas e livrarias, com periodicidade semestral.
O volume um do mangá conta a história de uma realidade 38 anos após a Terceira Guerra Mundial, na qual a cidade de Tokyo fora devastada por uma bomba atômica e reconstruída logo após, dando origem a Neo-Tokyo.
A obra trouxe à tona uma discussão muito ampla sobre poder, problemas sociais e corrupção ao mostrar uma sociedade caótica, repleta de guerras sociais e um governo com abuso de poder. Com o anseio por poderes sobre-humanos criou-se Akira, um menino que foi dissecado para investigação e que possui poder imensurável, guardado a sete chaves pelo Governo. Mais crianças foram vítimas de experimentos e Tetsuo entrou para esta lista.
Na cidade possuem muitas gangues de motos formadas por garotos delinquentes e que só se metem em encrencas. Tetsuo é um deles, que também abusa de seu novo poder após ser sujeito a experimentos, matando quem se coloca no seu caminho, demonstrando assim uma instabilidade emocional e desejo por superioridade. Isso o faz se voltar até contra seus amigos. Drogas, sexo, brigas e muito egoísmo são características dos jovens em sua maioria, que roubam e matam por diversão e rivalidade.
O mangá trabalha extremamente bem o lado psicótico da sociedade, onde cada um pensa apenas em si mesmo e nos mostra de forma animada como seria tal realidade se fôssemos totalmente tomados por estes sentimentos egocêntricos. A modificação corporal e mental que as crianças vítimas de experimentos sofrem é de extrema crueldade, podendo ser comparada, em casos não tão raros, a situações que ocorrem até hoje, todos rodeados por ganância.
O mangá trabalha extremamente bem o lado psicótico da sociedade, onde cada um pensa apenas em si mesmo e nos mostra de forma animada como seria tal realidade se fôssemos totalmente tomados por estes sentimentos egocêntricos. A modificação corporal e mental que as crianças vítimas de experimentos sofrem é de extrema crueldade, podendo ser comparada, em casos não tão raros, a situações que ocorrem até hoje, todos rodeados por ganância.
Cientistas e grupos de pessoas mal intencionadas fazem parte de nosso círculo social e a discussão beira esta vertente. Até quando seremos submetidos aos mais poderosos? Até quando o Governo terá total poder sobre nós e até que ponto ele chegará com sua cobiça? Vamos nos deixar vencer e ter a nossa realidade semelhante à de Akira? Muitas outras questões são deixadas em aberto ao ler o mangá com olhos mais críticos e uma análise mais social. É uma história muito interessante que vale a pena ser lida, com um enredo incrível e muita emoção a cada passar de página.