O episódio começa um ano antes do primeiro assassinato, apresentando Andrew de uma maneira ainda não vista.
Ele mora com um homem, bem mais velho, rico e tem uma vida de rei. E naquele dia era o dia do seu aniversário. Seus convidados de honra? Jeff e David. Um ano antes de tudo acontecer, podemos perceber como a mente de Andrew já era perturbada. A necessidade de mascarar tudo a sua volta, as mentiras patológicas.
E quando achei que seria um episódio mais do mesmo, ele trouxe sim novidades. Primeiro é que descobrimos que Andrew é usuário de drogas, mais especificamente de cristal. E, depois de brigar e se separar do seu companheiro rico, entra em grande crise de abstinência e também de raiva.
Ao longo do episódio podemos ver com clareza a visão que Andrew tem de si e como isso explica sua doença. Andrew acha que é um ser melhor que os outros, que a vida o está desperdiçando, que ele merece a glória porque é especial. Essa visão de mundo é o que o leva a fazer tantas atrocidades.
E pra quem achou que Versace não apareceria, enganou-se. Ele aparece e, melhor ainda, contracenando com Andrew numa cena de diálogo muito boa que, basicamente, resume a motivação do crime. E eu achei que esse seria o ponto alto do episódio. Mas o melhor estava por vir nos últimos minutos.
Desesperado após levar um fora de David, o até então amor da sua vida, ignorado pelo antigo companheiro rico, Andrew volta para a casa da mãe. E as cenas seguintes são esclarecedoras. Acredito que parte da personalidade doentia de Andrew veio da sua mãe. Fiquei me perguntando se ele não seria uma pessoa diferente caso tivesse crescido em outro ambiente familiar. A última cena é Andrew viajando para encontrar David, linkando com o episódio 4.
Foi um bom episódio para mudar a perspectiva do espectador sobre o serial killer, entender suas origens e suas motivações. Acredito que agora a série irá se encaminhar para o reencontro dos personagens de Andrew e Versace durante esse um ano até o momento do crime.