A Netflix tomou mais uma decisão polêmica que pegou os assinantes de surpresa: a plataforma cancelou a série de drama militar Boots após apenas uma única temporada. A produção carregava um peso histórico significativo, sendo o último trabalho do lendário produtor Norman Lear, famoso por revolucionar a TV americana entre os anos 70 e 90.
A primeira temporada, composta por apenas 8 episódios, foi um sucesso absoluto de crítica, alcançando mais de 90% de aprovação no Rotten Tomatoes. Tanto a mídia especializada quanto o público elogiaram a trama, e os números correspondiam: a série teve uma média expressiva de 9,4 milhões de visualizações em sua primeira semana completa, chegando a dobrar os números da estreia e alcançando o 2º lugar no Top 10 global da plataforma.
A audiência foi impulsionada, em parte, por uma controvérsia externa. O interesse pelo show disparou após o Pentágono criticar publicamente a produção, classificando-a pejorativamente como “lixo lacrador”. Ironicamente, a atenção negativa gerou curiosidade, mas não foi suficiente para garantir a renovação. Com o cancelamento, o futuro de Boots é sombrio, já que a Netflix raramente abre mão dos direitos de suas produções originais para que sejam salvas por outros streamings.
Criada por Andy Parker e inspirada no livro de memórias The Pink Marine, de Greg Cope White, a trama acompanha Cameron Cope (Heizer), um jovem que esconde sua homossexualidade, e seu melhor amigo Ray McAffey (Oh).
Ambientada em 1990, no rigoroso Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA — uma época em que ser gay nas forças armadas era ilegal —, a série explora a busca por identidade em um ambiente hostil. O elenco ainda contava com nomes de peso como Vera Farmiga, Max Parker, Cedrick Cooper, Ana Ayora e Nicholas Logan.
