Cidades de Papel é o terceiro livro de John Green, um dos autores mais aclamados e queridos da atualidade pelo público jovem. Eu, particularmente, sou muito fã do trabalho dele por nos aproximar da realidade com situações do cotidiano. Acredito que os livros dele são tão incríveis justamente por serem reais. Não existem finais felizes na vida real, existem? Esse, por exemplo, fala sobre como as aparências enganam e como as pessoas quando vistas de perto são bem diferentes do que imaginamos e acabam nos surpreendendo tanto para o bem quanto para o mal.
Muitas vezes nos apaixonamos pelo ideal de uma pessoa e nos decepcionamos quando elas expõem verdadeiramente o que são e o livro mostra realmente isso e como, ainda assim, estamos interligados por fios invisíveis a elas de alguma forma inexplicável mesmo elas sendo tão diferentes da gente. O livro começa contando a história de duas crianças de 10 anos de idade, mas completamente diferentes uma da outra. Enquanto Quentin é ansioso e medroso, a jovem Margot é completamente o oposto corajosa e destemida. Eles eram vizinhos e costumavam brincar juntos até que em um dia qualquer acabaram encontrando um corpo sem vida num parque do bairro onde moravam e esse acontecimento marcou a vida dos dois, em cada um de uma maneira diferente.
O tempo passou e os amigos de infância acabaram se afastando um do outro, mas não mudaram tanto assim. Enquanto Quentin Jacobsen continua se simpatizando pela mesmice e completamente avesso a qualquer coisa que o tire do tédio rotineiro de sua vida. Margot Roth Spielgeman, sua magnífica e enigmática vizinha e atualmente apenas colega de escola por quem ainda nutre um amor platônico de infância, continua mais aventureira do que nunca e adora sumir de vez em quando, mas nunca sem deixar algumas pistas para trás. Em uma noite dessas no meio da semana e sem aviso prévio, ela invade o seu quarto pela janela o”convidando” para relembrar os tempos de infância e pedindo ajuda na execução de um plano de vingança em uma aventura eletrizante elaborada pela mente inquieta e criativa de uma adolescente cansada de viver uma mentira e ele – por livre e espontânea pressão – aceita. Margot não era apenas uma garota popular do colégio, amada e invejada por muitos, ela é um mistério a ser desvendado e foi em busca de respostas que o jovem Q deixa para trás sua rotina na pacata “Cidade de Papel” da Flórida onde as pessoas não são o que realmente parecem, vivendo suas vidas de uma maneira completamente superficial, para uma aventura que vai ser uma história e tanto compartilhada com os seus amigos e companheiros de viagem. E aí, ficou curioso para saber como essa história termina?
John Green, Editora Intrínseca, 2008. O livro está sendo adaptado para o cinema com previsão de lançamento para 2015. Para saber mais clique aqui.