A quinta temporada de Cobra Kai começou exatamente onde a última terminou, com Miguel indo para o México procurar o pai, Daniel (Ralph Macchio) pedindo ajuda a Chozen (Yuji Okumoto), Terry Silver (Thomas Ian Griffith) conseguindo prender John Kreese (Martin Kove) e o Tory (Peyton List) descobrindo que seu sensei comprou o juiz da luta final contra Sam LaRusso (Mary Mouser).
Sinto que repetiram bem fórmulas usadas anteriormente e desenvolveram muito bem a expansão do dojo Cobra Kai prometida por Terry Silver na temporada passada, porém essa temporada começou morna e com arcos que se resolveram no mesmo episódio sem muito sentido. O ritmo da série mudou um pouco, pois ao invés de focar mais no desenrolar da história dos adolescentes, focaram bastante nos adultos nessa temporada.
Eu percebi que tentaram apenas fazer uma mudança de cenário. Cobra Kai já fez isso de tirar sua narrativa da Califórnia antes, na terceira temporada, quando Daniel vai para Okinawa, mas o interlúdio mexicano ficou desajeitado. Mas pode ficar tranquilo, embora tenhamos essa lentidão de início, no final do nono episódio estamos sem fôlego e com nenhuma ideia do que está por vir.
Outra impressão que tive é que em certos pontos, como disse, não sabem resolver situações de roteiro e apenas deixam isso pra depois. Ou fazem algo que não parece ser coerente para o personagem.
E, claro, como uma série bem nostálgica que é, tivemos o retorno já mostrado de Mike Barnes e mais uma personagem do terceiro filme e que também conecta Amanda de uma maneira mais amarrada na vida de Daniel. Falando em Daniel (não é meu favorito haha), mas ele parece passar pela mesma crise interna que passa em Karatê Kid III, mas dessa vez temos cenas trocadas com Johnny, cheias de química, que o ajudam a não passar por este teste de fé sozinho.
O Chozen(Yuji Okumoto) é outro destaque maravilhoso em cena, pois ele sempre encontra um equilíbrio perfeito entre ser cômico enquanto continua sendo dos mestres de Karatê mais habilidosos da série. Johnny Lawrence continua sendo o preferido de todos em cena, mantendo cenas românticas com Carmen e cenas de comédia sozinho, apenas com Google ao seu lado. Ele tamém tem uma missão árdua de aproximar Robby e Miguel. Sinto que finalemente Johnny amadurece como pai, tanto para Keene quanto para Diaz.
Quero dar um grande destaque a Xolo Madureña que, mais uma vez entregou cenas com cargas emocionais bem pesadas e foi brilhante, to bem animada pra vê-lo em papéis mais sérios nas telinhas, pois ele já se provou bastante em Cobra Kai. E outra coisa é: agradeço todos os dias por Thomas Ian Griffith ter decidido voltar a atuar. Que personagem intrigante e completamente louco que ele entrega! Silver é o vilão perfeito!
Peyton como Tory também leva um papel muito importante de mentora de Devon, antiga estudante do dojo Eagle Fang. E, com isso, podemos ver um amadurecimento de Tory, pois a personagem está em um conflito interno desde que soube que sua vitória foi baseada em uma mentira. Ela também mantinha uma relação muito próxima com Kreese e o perde no final da última temporada. Podemos esperar cenas fortes dela, viu!
Preciso falar algo sobre as coreografias de luta? Cobra Kai trabalha muito bem planos sequências de luta e neste ano aposta em uma movimentação de câmera diferenciada e claro, com movimentos mais violentos que nunca. Eles preparam muito bem um terreno para uma sexta temporada explosiva e em proporções sem iguais. Sentimentos medo pelos nossos personagens favoritos, pois a trama se torna cada vez mais perigosa.
Finalizando, estou feliz que temos um ano mais maduro, cheio de suspense e mergulhando cada vez mais em camadas de personagens que eu conheci na minha infância, assistir Cobra Kai ainda é uma experiência nostálgica e divertida, com muita ação e aventura.