O filme Coringa vem chamando uma atenção especial sobre seus temas e violência gráfica, suscitando preocupações de que o filme glorifique a violência e possa até inspirar alguns a realizarem seus próprios atos violentos, devido à identificação com o oprimido Arthur Fleck (Joaquin Phoenix).
As preocupações chegaram a um ponto em que a Warner e o diretor Todd Phillips, tentam distanciar Coringa da violência na vida real. O cineasta afirmou recentemente em uma entrevista ao The Wrap que vincular a história à violência no mundo real lhe parece injusta, atribuindo tais críticas ao movimento do ‘politicamente correto’, afirmando até que estes discursos o fazem lembrar da ‘extrema esquerda’.
“Acho que é porque a indignação é uma ‘mercadoria’, é algo que tem sido comercial há algum tempo”, disse Phillips. “O que mais me chama a atenção neste discurso é a facilidade com que a extrema esquerda pode se parecer com a extrema direita quando se adequa à agenda deles. Isso realmente me abriu os olhos”.
Enquanto Phillips coloca as críticas nos ombros do extremismo, o filme também recebeu críticas de um grupo de sobreviventes do massacre de Aurora. Para quem não se lembra, em 2012 um assassino abriu fogo contra as pessoas que assistiam ao filme Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge no município norte-americano.
Este grupo enviou uma carta à Warner sobre suas preocupações, levando o estúdio a emitir uma declaração condenando a violência armada, além de observar que Coringa não se destina a inspirar violência. Em vez disso, a esperança é que o longa inspire conversas sobre as questões apresentadas na trama.