Após anos de espera, o filme The Flash finalmente está entre nós. A trama adapta o evento dos quadrinhos conhecido como “Flashpoint“, mostrando Barry enfrentando as consequências sofridas pelo seu universo após ele voltar no tempo para salvar sua mãe, assassinada quando ele era criança. Outros personagens se juntam a ele nessa missão, sendo eles: Supergirl, Batman e uma versão alternativa do próprio Barry.
A história é boa e muito bem escrita, adaptando a história de Flashpoint para as telas de uma forma que se encaixa com perfeição no universo iniciado por Homem de Aço em 2013. O roteiro de Christina Hodson não deixa a desejar como o todo, principalmente em criar uma relação entre os fãs e o Flash.
O Flash de Ezra Miller se constrói de forma que alguns podem até chorar nos momentos mais dramáticos da trama. Andy Muschietti também mostra que sabe dirigir filmes de herói, nos fazendo pensar se existe alguma possibilidade de trazê-lo de volta para dirigir algum projeto futuro da DC.
O primeiro destaque não podia deixar de ser a atuação de Ezra Miller, que nos entrega dois Barrys bem diferentes e impossíveis de confundir mesmo que estivessem usando as mesmas roupas e cortes de cabelo; felizmente para uns e infelizmente para outros, ambos os personagens são ofuscados quando o Batman de Michael Keaton entra em cena. Keaton é indiscutivelmente um grande ator e nos mostra que o papel do homem morcego ainda lhe serve como uma luva.
Sasha Calle também faz um ótimo trabalho como Supergirl e é impossível não querer mais da personagem. Além deles, outros atores como Maribel Verdú (Nora Allen), Ron Livingston (Henry Allen) e Michael Shannon (General Zod) nos entregam ótimas atuações, com a primeira sendo talvez a principal responsável pela conexão que construímos com Barry ao longo do filme.
Apesar de personagens bem escritos e grandes atuações, o filme sofre com um enorme problema que já afeta a indústria de filmes de super heróis faz um tempo: a qualidade dos efeitos especiais, ou melhor, a falta dela. Em uma obra carregada de cenas feitas com o uso de CGI, era de se esperar que houvesse mais capricho nessas, mas não é o que acontece.
Os efeitos são, como gosto de chamar, verdadeiros “defeitos especiais” que, em alguns momentos, acabam por diminuir a carga dramática das cenas. Para um filme com um orçamento de mais de 200 milhões de dólares, era de se esperar mais cuidado, mesmo que fosse necessário haver mais adiamentos.
Em conclusão, se ignorados os efeitos, o longa-metragem é uma ótima homenagem para o universo cinematográfico da DC que vimos até aqui e também um bom possível primeiro passo no futuro promissor liderado por James Gunn e Peter Safran.