Chega aos cinemas a mais nova produção de Guilhermo Del Toro, com direção de André Ovredal (O caçador de Trolls, The Autopsy of Jane Doe), uma adaptação da trilogia de livros escrita por Alvin Shwartz.
Contextualizando: Você lembra de histórias que te contavam na infância? Já viu filmes em que as pessoas se juntam em torno da fogueira pra contar histórias de terror? Bem.. o livro Scary Stories to Tell In The Dark é um compilado dessas histórias para crianças. São histórias curtas, quase não passando de 2 páginas e, que se não forem bem lidas, nem causam medo.
No filme em questão, 5 adolescentes encontram um livro escrito por Sara Bellows, uma garota que virou lenda na cidade muitos anos antes. Diz-se que ela escrevia histórias no livro com o sangue de suas vítimas. O filme se desenrola quando um a um, os adolescentes vão morrendo, enquanto suas histórias são escritas no livro.
O link entre esse enredo e o livro de contos é que os contos são as histórias de Sara. Isso ficou muito bem transformado pra tela. O material original em si é bem bobinho, tem que ser muito bem contado pra causar susto, mas aqui os roteiristas foram capazes de transformar uma ilustração de livro em monstros assustadores.
E esse filme é dos monstros. Não dava pra esperar algo diferente de uma produção do Del Toro, que até botou dedinho no roteiro. Eles são os grandes ladrões de cena.
Sobre os adolescentes, ninguém realmente se destaca, apesar de termos Stella (Zoe Colletti) como principal. Vou dar um desconto por ela ser nova nesse meio de terror, mas não to perdoando o figurino que deixou ela ainda mais nova e deu uma escondida na beleza dela… mesmo quando o filme guia a história pra um possível par romântico com Ramón (Michael Garza), que aparenta ser um tanto mais velho que ela.
Devaneios a parte, o que me incomodou mesmo foi a explicação das razões do fantasma de Sara Bellows e a falta de grandiosidade do final. A mensagem do filme está clara, então vamos crescer isso aí um pouquinho?
Deixa só eu destacar os monstros aqui de novo, o orçamento do filme não foi revelado ainda, mas o trabalho de CGI está muito bom e até os jumpscares estão bem colocados. Quando entrei no cinema, nem pensei nisso e me surpreendi.
VALE DESTACAR que o filme é repleto de histórias clássicas americanas. Se o enredo soar meio estranho…. ou os monstros improváveis, isso se deve às histórias do livro. Creio que o filme funcione por si só, mas definitivamente terá um apelo maior ao público americano e aos leitores. Então, Cabaneiros… ta aí uma dica de livro pra ler antes de assistir essa belezinha aqui.
Histórias Assustadoras para Contar no Escuro é um daqueles raros casos em que a obra cinematográfica complementa o livro. Leia, assista e conta pra gente o que achou 🙂