A ganância destrói ao ganancioso e todos ao redor. Esta é a mensagem entregue em Mulher-Maravilha 1984, dirigido divina e grandiosamente por Patty Jenkins, esta corajosa mulher que investiu no heroísmo e perseverança da maior personagem feminina de todos os tempos.
Uma Mulher-Maravilha que não empunha espada e escudo, de um carisma incomparável, mostra que problemas podem ser resolvidos com diálogo, amor e compreensão. Proposta que busca explorar a deidade de Diana, que como seus familiares olimpianos, tem muito mais dos humanos do que de deuses intocáveis.
Numa luta interna entre os desejos do coração e a coisa certa a se fazer, Diana vive o que há de mais doloroso: renúncia.
Com um roteiro bem estabelecido, de fácil entendimento, que prende a atenção, visualizamos o desenvolvimento de grandes vilões com interações entre si, tendo coisas em comum. Maxwell Lord (Pedro Pascal) e Mulher-Leopardo (Kristen Wiig), trazem mais uma vez a reflexão sobre o que transforma pessoas em seres vingativos e maus.
Explorar as cores, foi um ponto crucial na construção de cada cena e atos, a fotografia maravilhosamente casada com todo o filme, nos fazendo submergir completamente nas emoções passadas através da tela. Sem sombra de dúvidas, este é de longe o melhor filme da vida da Gal Gadot, que com atuação impecável, incorporou completamente a essência da Mulher-Maravilha. Temos mais uma atriz eternizada neste papel.
Mulher-Maravilha 1984, é uma revolução na história de fracassos da Warner, na área de super heróis. E um “cala boca”, para aqueles que dizem que isso não é cinema. Heróis e heroínas dos quadrinhos podem mudar vidas, transformar pensamentos e inspirar pessoas. Jenkins captou magistralmente o espírito da coisa.
Um filme que tem suas falhas, mas são esquecidas rapidamente com a ótima execução de um enredo inspirador.