Na próxima quinta-feira (11/08) chega às telonas o mais novo filme estrelado por Idris Elba: A Fera.
Um pai e suas filhas viajam para um Safari na África para ajudar a estreitar os laços após a morte da mãe delas abalar toda a dinâmica familiar. Ao chegarem ao local, descobrem que existe uma fera caçando os habitantes e caçadores locais, obrigando assim o pai a proteger sua família de um animal perigoso.
O longa é dirigido por Baltasar Kormákur, um diretor de filmes de ação que se mostra bastante competente no longa. O diretor consegue implementar sequências sem cortes bastante interessantes, boas ambientações para os personagens, além de trabalhar muito bem os enquadramentos mais fechados para focar no desespero dos personagens dentro dos ambientes mais fechados.
O trabalho de fotografia é muito belo, sabendo usar os grandes cenários que as locações dispõem além de formatar muito bem o uso das luzes naturais e da falta de luz quando partimos para o cenário noturno. Um grande trabalho do fotógrafo do filme que conduz muito bem tudo isso com a dinâmica sequencial do diretor.
Outro fator interessante do filme, em partes, são os efeitos visuais. Em alguns momentos o filme coloca os personagens interagindo com leões e essas cenas são belíssimas justamente por serem claras e bastante visuais. Infelizmente o mesmo não pode ser dito quando essa interação é seguida de um ataque da fera. O filme tenta, em algum momento da trama, emular a famosa briga de Leonardo DiCaprio e o urso em O Regresso mas infelizmente não se tem um pingo de realidade na cena.
Idris Elba já se mostrou um excelente ator de ação mesmo com uma idade mais avançada. O ator não é favorecido pelo roteiro em cenas mais profundas de família quando diálogos são propostos por suas filhas. A parte cômica funciona bem, piadas entram com naturalidade, mas quando situações são trazidas para o lado dramático, o roteiro força arcos e diálogos ruins de serem comprados.
Outra coisa que não funciona bem na narrativa é o uso dos sonhos do personagem Nate (Idris Elba), que em momentos do filme são mostrados mas não acrescentam em absolutamente nada à narrativa ou ao desenvolvimento de personagens da trama.
Gostaria de deixar um destaque para Leah Jeffries que roupa a cena em todos os momentos da rodagem e isso me deixa ainda mais feliz por ter sido escalada como Annabeth na série do Percy Jackson.
Em resumo, A Fera se mostra muito genérico. Já vimos esse filmes com outros animais sendo os predadores e outros humanos sendo até mais interessantes do que a família principal desse longa.