Com Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore eu tive a sensação no cinema de não estar assistindo a algo original e claramente esquecível. Sou muito fã das sagas do mundo bruxo e achei o capítulo melhor que o anterior em vários aspectos, porém a trama não se desenvolve muito da onde o outro filme parou.
Assim como todos os outros Animais Fantásticos, esse terceiro filme, Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore, demora a engatar em um enredo e, quando engata, é o fim do filme. Mais um ponto é: acho que se a saga tivesse sido roteirizada pra se passar em três filmes, teria um ritmo perfeito.
Fora os pontos que citei acima, vou tentar contar o que há de novo: Jude Law de Dumbledore e Mads Mikkelsen, o novo Grindelwald, são pura química em cena. E o filme se constrói em fotografias e cenas muito bonitas. Claro que também temos Eddie Redmayne fazendo sua fatídica comédia ao imitar alguns animais fantásticos e o Jacob praticamente continua a nos representar no universo bruxo. Conseguimos nos emocionar com mais bichos e conhecemos novas criaturas sensacionais.
Aliás, um pouco do enredo do filme tem como ponto chave um dos animais fantásticos, que, no mundo bruxo, seria o responsável por escolher o futuro líder político, pois ele enxerga quem a pessoa é verdadeiramente e, por isso, escolhe bem um líder.
Temos uma enorme expansão no universo e somos apresentados a novos contextos e países. Está bem político com uma narrativa mais séria, ou pelo menos tenta… Porque eu fiquei um pouco desapontada com o fato de ter uma eleição ocorrendo, mas não ouvimos ou sequer vimos todos os lados competindo, somente a pessoa que iria ganhar. Também tivemos pouco do que foi o enredo central do segundo filme e talvez isso seja bom.
Ah e se você não lembra do filme anterior, não fique preocupado, existe literalmente um personagem dando resumo dos acontecimentos para Jacob.
E falando em ver pouco… Cadê o Brasil? Entendo que tivemos pandemia, mas tivemos apenas um plano geral se passando em terrinhas brasileiras e senti muita falta considerando a importância de Vicência Santos no filme. Aliás Vicência não tem muitas falas, mas se mostra uma mulher forte e destemida do mesmo jeito, viu?
O terceiro animais fantásticos é o mais emocionante e mais adulto, mas começa e termina sem saber onde quer chegar e isso o torna esquecível. É um filme médio sem muitas surpresas. Fiquei com a sensação de vazio. Até Credence tem o fechamento de seu capítulo de maneira apressada e pouco emocionante.
É como se tivessem apenas se apoiando em fanservice para continuar dando vida a uma franquia que respira por aparelhos.