O longa dirigido por Lorene Scafaria, baseado no artigo de Jessica Pressler para New York Magazine, foi uma das melhores e mais emociantes experiência, que vivi no cinema em 2019.
Destiny (Constance Wu) é uma imigrante abandonada pelos pais, e que vive com sua avó em um lar humilde, e bem longe de qualquer glamour. Ela decide dar adeus ao Queens, e seguir rumo a Wall Street, na esperança de encontrar uma quantidade maior de homens fracos e submissos a seus desejos carnais, dispostos a colocarem muitos dólares no sutiã de qualquer garota com pouca roupa e muito glitter que o façam ter uma ereção.
Em uma conceituada boate, ela encontra Ramona (Jennifer Lopez) a verdadeira estrela do local. Destiny, acaba se aproximando de Ramona, e as duas desenvolvem um forte laço de amizade, e uma relação ”mestre e discípulo”, não teria uma professora melhor, para impulsionar a transição da ingênua imigrante do Queens, para uma verdadeira Gueixa.
Em meio a crise financeira que atinge Wall Street, as boates ficaram as moscas e sem o seu principal combustível; homens ricos incapazes de fazer oposição a seus desejos sexuais, é ai que a majestade mostra o porque carrega a coroa, Ramona recruta seu exército de garotas, para um plano nada moral, envolvendo drogas e cartões de crédito, se os dólares não vem mais aos sutiãs, os sutiãs vão até os dólares.
O filme se passa na perspectivava do passado de Destiny, que anos após o ocorrido, está sendo entrevistada pela jornalista Elizabeth (Julia Stiles). Destiny, expõe suas memorias com as meninas (Cardi B e Lili Reinhart), lembranças repleta de peles, bolsas e cartões de crédito de terceiros sendo usado enquanto seus respectivos donos desfrutam de um sono induzido.
O longa aborda de uma forma muito leve todo esse ambiente carregado de exploração e objetificação feminina. Um filme sensual, engraçado e emocionante. As Golpistas é sobre cumplicidade e mulheres fortes, que se submetem a praticamente tudo por amor, nem que seja o amor a uma Louis Vuitton.