Uma nave alienígena cai em uma fazenda e dentro dela há uma criança, que é adotada pelo casal fazendeiro e cresce tendo uma vida normal, até que seus poderes começam a se manifestar. Anos depois a criança se torna Superm… ops, história errada! Esse aqui é do mal. Brightburn é um filme dirigido por David Yarovesky e roteirizado por Brian e Mark Gunn, parentes do produtor e diretor James Gunn (Guardiões da Galáxia).
O filme conta a história de Brandon Breyer (Jackson A. Dunn), seu relacionamento com os pais e colegas de escola, uma paixonite e o quanto ele muda após o chamado de sua nave.
O filme tem uma forte inspiração nas origens do Superman. Além da característica quadrinesca “nome e sobrenome com iniciais iguais” (Peter Parker, Louis Lane, Bruce Banner, Lex Luthor, etc), Brandon tem poderes semelhantes aos do homem de aço, apesar de estar possuído por sua nave e não ser herói . Mas, aparentemente, ninguém nesse universo ouviu falar de super-heróis, nem em quadrinhos. Os personagens são completamente alienados ao quanto a história do bebê na nave extraterrestre caída na fazenda é familiar… nem mesmo após a constatação dos poderes da criança.
Falta desenvolvimento e empatia… e quando a ação começa a acontecer de fato, ela fica centralizada em Pequenópol – ops, desculpa de novo – Ela fica centralizada em Brightburn (que, por sinal, é o nome da cidade, não do então ‘filho das trevas’… ).
Devo dar créditos à maquiagem… não há nada de maravilhoso, mas também não falha. Entrega o que se propõe. Tem umas cenas gore bem legais no meio também, algumas das mortes são bem explícitas e legais, pra quem curte o terror mais sanguinolento (meu caso).
Sobre a direção, me incomodou a quantidade de planos fechados. Era quase como se o cenário atrás precisasse ser escondido, por estar inacabado. Muitas pessoas vão assistir esse filme pensando que ele é do James Gunn e isso as desapontará. Ele apenas assina a produção, então seu estilo de direção não está presente.
A câmera na mão na maior parte do filme incomoda muito e atrapalha a imersão. É um bom recurso pra found footage, flashback… até cenas curtas, mas prolongado ele só incomoda. As atuações são fracas e você não se importa com os personagens. Isso é uma falha muito ruim pro roteiro. É como se não importasse a sobrevivência de ninguém. Nem mesmo a mãe (interpretada por Elizabeth Banks)… que passa o filme inteiro falando do seu amor incondicional pelo filho.
Brightburn é um filme com um bom conceito, mas péssima execução. Funcionaria muito melhor se fosse uma sátira, uma paródia, do que um filme que se leva a sério.