Após intensos dias de divulgação, Bruno Gadiol finalmente lançou o álbum GÊMEOS EM GÊMEOS (2025) nas plataformas digitais. Com uma estética imersiva e repleta de movimento, o trabalho conta com 15 faixas (incluindo interlúdios) divididas em três partes. Confira nossa crítica completa ao longo da matéria.
O novo projeto mergulha nas emoções e em sua pluralidade por meio de 12 músicas, organizadas em grupos. No primeiro, intitulado Vênus, predominam faixas animadas que exploram relações amorosas instáveis e envolventes. Em Marte, o foco recai sobre intensidade e desejo, trazendo à tona sentimentos mais impulsivos. Já em Saturno, o artista adota um olhar mais maduro e introspectivo, refletindo sobre o crescimento pessoal. A proposta é atrativa — mas será que na prática funciona?

GÊMEOS EM GÊMEOS (2025) inicia de forma envolvente, criando ótima conexão e transmitindo energia logo no primeiro ato. Porém, isso se perde ao entrar no segundo ato, Marte, quando as canções se distanciam do restante da narrativa apresentada. A ideia de abordar múltiplos sentimentos é interessante, mas neste álbum tudo se mistura, criando uma bagunça musical quase desastrosa.
A produção carece de foco, como se fosse um esforço sem sentido de abraçar tudo de uma vez. Talvez dividir o projeto em duas eras fosse uma alternativa mais viável. No ato 2, Marte, músicas como “CONTOS DE FODAS”, “FOGO”, “não era amor, foi só tesão” (ft. Clau) e “na minha mente” destoam completamente, soando soltas e fora de contexto. Em meio a esse caos musical, surgem destaques que elevam o disco: “alquimista”, “T Ó X I C O”, “nada sério” (ft. ZAAC), “coisas triviais” e “O Mundo Me Engoliu”. Essas faixas conseguem transmitir mensagem e reforçam a maturidade de Bruno Gadiol em relação a seus projetos anteriores.
O ponto alto, entretanto, chega com “(quase) amei” e “relações superficiais”, as grandes canções do álbum que captam sua essência e exaltam de forma plena o talento do cantor. Os interlúdios, por outro lado, pouco acrescentam: não impactam a narrativa nem impulsionam as músicas, tornando-se irrelevantes. Essa mistura desconfigurada também se reflete na estética: apesar dos visuais bem produzidos, falta conexão entre eles, o que prejudica a construção de uma identidade visual sólida para o projeto.
No geral, GÊMEOS EM GÊMEOS (2025) é um álbum com potencial, mas que perde força em sua execução. Ainda assim, algumas músicas conseguem se destacar e evidenciam o talento de Bruno Gadiol. O resultado, no entanto, não consolida sua marca como músico brasileiro de forma definitiva.
Ranking das faixas de Bruno Gadiol – GÊMEOS EM GÊMEOS
- Alquimista – 10/10
- Tóxico – 10/10
- Nada Sério – 10/10
- (quase) amei – 10/10
- Relações Superficiais – 10/10
- O Mundo Me Engoliu – 9/10
- Auto~sabotagem – 8/10
- na minha mente – 8/10
- Coisas Triviais – 7/10
- não era amor, foi só tesão – 6/10
- CONTOS DE FODAS – 5/10
- FOGO – 4/10
GÊMEOS EM GÊMEOS, de Bruno Gadiol, já está disponível em todas as plataformas.




