Capitão América Admirável Mundo Novo estreia nesta quinta-feira (13), e o Cabana assistiu primeiro na sessão para a imprensa no Rio de Janeiro.
O filme segue os eventos de de Falcão e o Soldado Invernal (Disney+) com Sam Wilson (Anthony Mackie) no manto do Capitão América, que recebeu de Steve Rogers em Vingadores: Ultimato (2019), assumindo as responsabilidades que vem com o símbolo do herói.

Com início promissor, o longa abre com cenas de ação poderosas dignas de IMAX, mostrando a agilidade de Wilson, o novo uniforme com Vibranium – cortesia de Wakanda; e Joaquim Torres (Danny Ramirez) como um “nerd da cadeira”, ansioso para subir de posto para se tornar o novo Falcão.
O que o filme acerta é nas relações dos personagens, criando motivações e aumentando os riscos para Sam Wilson. Na tentativa de trabalhar junto com o recém-eleito presidente Thaddeus Ross (Harrison Ford), a liberdade de Isaiah Bradley (Carl Lambly) é colocada em jogo, fazendo com que Sam comece uma investigação para descobrir quem está por trás dos ataques na Casa Branca, arriscando um novo tratado entre as nações para explorar a Ilha Celestial.

“Admirável Mundo Novo” tem ambição ao se apresentar como um suspense político, mas falha ao se perder no meio da história e ficar em cima do muro no que poderia ter sido uma afirmação da sua posição de representar o povo no cenário da política atual.
No entanto, não é uma surpresa que o filme seja “isentão“, visto que é financiado pelo exército norte-americano. Além de escolher o pior timing para trazer Sabra (Shira Haas) – uma personagem com background Israelita, em meio aos acontecimentos recentes do conflito da Palestina -, servindo como uma ex-Viúva Negra sem realmente acrescentar na trama.
Talvez como resultado das inúmeras reescritas de roteiro e produção durante a greve de Hollywood, Capitão América perde inúmeras oportunidades de se tornar um dos melhores da Marvel, mesmo que ainda se encontre entre os melhores da Fase 5 (afinal, não tem como ser pior que Homem Formiga e Vespa: Quantunmania (2023).

O filme, que diversas vezes parece uma sequência de O Incrível Hulk (2008), deixou de surpreender com um plot twist forte ao revelar o Hulk Vermelho nos trailers, tornando a sequência final morna, além de repetir o erro de Guerra Civil (2016), com um grande vilão dos quadrinhos se tornando esquecível nas telonas.
Contudo, a verdade inegável é que Anthony Mackie é o Capitão América (e pode se gabar para Tom Holland de finalmente ter seu próprio filme). O personagem mostra essência e crescimento considerável dentro dos 11 anos no UCM, se firmando não apenas no manto herdado, mas provando estar pronto para se tornar o novo líder dos Vingadores.