A Warner (junto com a DC) vem errando em alguns filmes baseado nas HQ’s – vimos isso em Esquadrão Suicida e Liga da Justiça. Desde então, ambas resolveram produzir o filme que contasse a historia de um de seus maiores vilões: Coringa.
O longa mostra a história de Arthur Fleck (Joaquim Phoenix), um homem que quer se inserir na sociedade despedaçada de Gotham City. Arthur trabalha como palhaço durante o dia e à noite tenta sua vida no ‘stand-up comedy’.
O diretor Todd Phillips acertou de uma maneira interessante em situar o longa entre os anos 70 e 80, uma vez que o cineasta queria evitar uma conexão com os outros personagens de outros filmes da DC. No longa não vemos referência ao Batman, mas vemos a família Wayne (que está bem inserida no longa) assim como Gotham, que acaba virando uma cidade insana e louca ao decorrer do filme.
A aparição mais marcante do personagem foi em Batman: O Cavaleiro das Trevas, com Heath Ledger interpretando o vilão. Anos depois, colocaram Jared Leto como o Palhaço do Crime em Esquadrão Suicida – que foi massacrado pela critica por ser ruim – e agora temos o Phoenix como o Coringa, que entrega uma atuação surreal e fora do normal.
O ator traz um personagem incontrolável, louco e insano, também traz uma risada bem louca. No inicio do filme, ele deixa claro que tem um problema psicológico que o faz rir em momentos inapropriados.
A forma de como o ator trabalhou esse personagem, que é massacrado pela sociedade e que possui os problemas que tem, acaba o tornando único e com uma singularidade incrível. O que mais surpreende é a liberdade que a Warner deu à Phillips, pois o longa não é baseado em nenhuma HQ. Mas existe em alguns momentos do filme que são dadas pequenas referências (com uma de A Piada Mortal), já outras fazem alusão a produções dos anos 70/80.
O elenco tem peças interessantes que são exploradas de uma forma interessante ao decorrer do longa. Destaque para Robert De Niro, que interpreta o personagem Murray Franklin (um comediante que possui um talk-show na TV) e Zazie Beetz, que dá vida a Sophie Dumond, uma mulher que Arthur encontra no elevador de seu prédio e acaba se apaixonando por ela, mas tudo não se passa de algo da sua cabeça.
O longa faz jus a classificação indicativa de 18 anos, pois mostra o que realmente é a loucura dentro de uma sociedade de uma forma muito forte. Não vá ao cinema esperando ver o vilão sendo derrotado pelo Batman ou qualquer outro herói. O longa traz uma experiência inacreditável e mostra o personagem de uma forma interessante, como nunca tínhamos visto antes.
Coringa sem dúvidas é o melhor filme de 2019, em todos os termos. Ele abre um leque no qual a DC pode de fato produzir seus filmes mais sombrios e voltados para o publico adulto.
O longa merece o Oscar sem dúvida alguma e Joaquin Phoenix, mais do que nada, merece ser louvado pelo o que entregou nesse filme. Ele tem que ser lembrado por essa incrível atuação.